Um estudo realizado pela Bayer revelou que, no Brasil, 37% das mulheres não desejam ter filhos. Em escala mundial, o número chega a 72%. A tendência deu origem ao movimento ‘not mothers’ ou ‘no-mo’, como vem sendo chamado.
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A cobrança pela maternidade é algo que acompanha as mulheres por toda suas vidas. Desde de criança, meninas são ensinadas a cuidar de bonecas que parecem bebês, são presenteadas com kit cozinha ou kit costura. Quando ficam mais velhas, as perguntas sobre parceiros e gravidez vão ganhando mais intensidade conforme a idade chega.
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Os motivos que fazem com que as mulheres não queiram ser mães, são inúmeros, como a incerteza sobre o futuro, mudanças climáticas, cenário político-social, falta de estabilidade financeira ou simplesmente por nunca sentirem o “chamado” ou o desejo da maternidade.
No entanto, o preço que se paga por essa escolha pode ser bastante alto. Mulheres que priorizam suas carreiras, seus desejos e saúde mental são constantemente chamadas de egoístas, “tias más” e têm seus desejos descredibilizados.
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O outro lado
Se por um lado as mulheres são fortemente cobradas para terem filhos, por outro, homens usam cada vez mais a escolha de terem filhos sem ser pais. Um levantamento de 2017 feito pela Polícia Civil do Estado de São Paulo, revelou que cerca de 65 homens foram presos por dia em São Paulo por não pagar pensão alimentícia, um direito da criança e que deve ser cumprido.
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Além disso, a cobrança da paternidade está longe de se igualar à cobrança da maternidade. Um pai que pega os filhos aos finais de semana, dá presentes e leva para passear é visto como um superpai, enquanto mães que trabalham fora e se desdobram para cuidar dos filhos e da casa são vistas como normais ou (novamente) egoístas por manterem suas carreiras e não se dedicarem exclusivamente aos filhos.
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