Elena é uma mulher russa que foi diagnosticada com prosopagnosia. Por conta disso, ela não consegue reconhecer nenhum rosto – nem mesmo o próprio. Em entrevista ao portal Bright Side, ela explicou que só foi entender que tinha a doença há um ano.
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“Antes disso, por 29 anos, fui tímido e tentei me convencer de que não era subdesenvolvido. Quando criança, tive conflitos porque não fazia distinção entre as pessoas. Tentei falar sobre meu problema com meus pais. Mas papai dispensou a conversa depois de um árduo dia de trabalho: dizem, só fique mais atento, aprenda poemas, treine a memória. Mamãe respondeu: «Não invente». Eu a entendo. Ninguém sabia dessa doença, também não existia o Google”, comentou.
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Elena sofria com muita dor de cabeça e nenhum neurologista conseguia um diagnóstico para o seu problema. “Eu costumava ter vergonha de mim mesma, pensando que só eu tinha esse problema. Agora sei que não é esse o caso e quero contar a outras pessoas sobre esta doença. O reconhecimento público é o último ponto de autoaceitação, a luta contra os complexos”, revelou.
Para lidar com a situação, Elena comenta que criou algumas técnicas. “Quando me comunico com uma pessoa, vejo seu rosto com clareza e clareza. Mas assim que o contato visual é interrompido, não consigo mais recriar seu rosto em minha memória. Posso passar por um ex-namorado e nem entender que é ele. Mas viver, sem entender quem está na sua frente, é insanamente difícil. Portanto, eu venho com hacks de vida para mim. Por exemplo, lembro-me de pessoas em detalhes: um nariz torto, manchas visíveis, cor dos olhos, cicatrizes, tatuagens”, finaliza.