Famosos

Conheça a história de Lelia Gonzales, uma das maiores pensadoras negras do Brasil e que faria 87 anos esta semana

Lelia foi pioneira nos estudos sobre Cultura Negra no Brasil e cofundadora do Movimento Negro Unificado e do Olodum

Lelia Gonzalez em Dacar, no Senegal, em 1979. (Foto: Reprodução)

Uma das maiores pensadoras negras que já tivemos em nosso país, Lelia Gonzales faria 87 anos nesta terça-feira, 1 de fevereiro. Com um histórico de atuação como intelectual, autora, política, professora, filósofa e antropóloga brasileira, Lelia foi também pioneira nos estudos sobre Cultura Negra no Brasil e cofundadora do Instituto de Pesquisas das Culturas Negras do Rio de Janeiro (IPCN-RJ), do Movimento Negro Unificado (MNU) e do Olodum. Lelia morreu aos 59 anos, em 1994, vítima de um infarto.

ANÚNCIO

Nascida em Belo Horizonte, Lelia se formou em História e Filisofia pela Universidade do Estado do Guanabara, atual Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). A historiadora atuou em diversas frentes, mas foi como autora e por sua atuação política que Lelia deixou o seu maior legado. Em sala de aula, a resistência política e cultural eram elementos presentes em um momento em que o Brasil passava por uma ditadura.

Lélia em reunião no Instituto de Pesquisas das Culturas Negras (IPCN), Rio de Janeiro (Foto: Januario Garcia)

Lelia foi candidata a deputada federal pelo PT, mas não se elegeu. No entanto, teve um papel importante no processo de redemocratização do país, como parte do movimento negro e colocando as mulheres e a população negra como pontos centrais de uma sociedade mais igualitária.

Seu trabalho e obra são reconhecidos internacionalmente. Em 2019, Angela Davis, importante personalidade do movimento negro norte-americano e ex Pantera Negra, declarou durante um evento em que era convidada no Brasil que aprendeu muito com a filosofa. “Por que vocês precisam buscar uma referência nos Estados Unidos? Eu aprendo mais com Lélia Gonzalez do que vocês comigo.”

Lélia Gonzalez ao lado de Angela Davis nos Estados Unidos, em 1984 (Foto: Reprodução)

Seu trabalho e obra são reconhecidos internacionalmente. Em 2019, Angela Davis, importante personalidade do movimento negro norte-americano e ex Pantera Negra, declarou durante um evento em que era convidada no Brasil que aprendeu muito com a filosofa. “Por que vocês precisam buscar uma referência nos Estados Unidos? Eu aprendo mais com Lélia Gonzalez do que vocês comigo.”

A historiadora e filosofa era acessível, com uma linguagem que chegava a todos e todas e até na maneira de se vestir, que transmitia seu respeito e admiração pela cultura negra, objeto e objetivo de seus estudos e militância. Foi também figura importante na criação de movimentos e institutos de pesquisa como o Movimento Negro Unificado, o Instituto de Pesquisas das Culturas Negras do Rio de Janeiro, Olodum e o Coletivo de Mulheres Negras N’Zinga.

⋅ ⋅ ⋅

ANÚNCIO

Leia mais textos da NOVA MULHER

Morre aos 69 anos, a aclamada escritora bell hooks

Artistas negras postam fotos com seus cabelos naturais para demostrar solidariedade ao João do BBB 21

Natália do BBB 22 e a solidão da mulher negra: “Para nós, a solidão se tornou um posicionamento político”, explica escritora

10 séries e filmes com protagonistas negras que você precisa assistir

⋅ ⋅ ⋅

Siga e compartilhe

Você gostou deste conteúdo? Então siga a NOVA MULHER nas redes sociais para acompanhar mais novidades e ter acesso a publicações exclusivas: estamos no Twitter, no Instagram e no Facebook.

Aproveite e compartilhe os nossos textos. Seu apoio ajuda a manter este site 100% gratuito. Cada contribuição é muito valiosa para o trabalho da nossa equipe de redatores e jornalistas.

ANÚNCIO

Tags


Últimas Notícias