Famosos

Conheça a história de Lelia Gonzales, uma das maiores pensadoras negras do Brasil e que faria 87 anos esta semana

Lelia foi pioneira nos estudos sobre Cultura Negra no Brasil e cofundadora do Movimento Negro Unificado e do Olodum

Uma das maiores pensadoras negras que já tivemos em nosso país, Lelia Gonzales faria 87 anos nesta terça-feira, 1 de fevereiro. Com um histórico de atuação como intelectual, autora, política, professora, filósofa e antropóloga brasileira, Lelia foi também pioneira nos estudos sobre Cultura Negra no Brasil e cofundadora do Instituto de Pesquisas das Culturas Negras do Rio de Janeiro (IPCN-RJ), do Movimento Negro Unificado (MNU) e do Olodum. Lelia morreu aos 59 anos, em 1994, vítima de um infarto.

Nascida em Belo Horizonte, Lelia se formou em História e Filisofia pela Universidade do Estado do Guanabara, atual Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). A historiadora atuou em diversas frentes, mas foi como autora e por sua atuação política que Lelia deixou o seu maior legado. Em sala de aula, a resistência política e cultural eram elementos presentes em um momento em que o Brasil passava por uma ditadura.

Lelia foi candidata a deputada federal pelo PT, mas não se elegeu. No entanto, teve um papel importante no processo de redemocratização do país, como parte do movimento negro e colocando as mulheres e a população negra como pontos centrais de uma sociedade mais igualitária.

Seu trabalho e obra são reconhecidos internacionalmente. Em 2019, Angela Davis, importante personalidade do movimento negro norte-americano e ex Pantera Negra, declarou durante um evento em que era convidada no Brasil que aprendeu muito com a filosofa. “Por que vocês precisam buscar uma referência nos Estados Unidos? Eu aprendo mais com Lélia Gonzalez do que vocês comigo.”

Seu trabalho e obra são reconhecidos internacionalmente. Em 2019, Angela Davis, importante personalidade do movimento negro norte-americano e ex Pantera Negra, declarou durante um evento em que era convidada no Brasil que aprendeu muito com a filosofa. “Por que vocês precisam buscar uma referência nos Estados Unidos? Eu aprendo mais com Lélia Gonzalez do que vocês comigo.”

A historiadora e filosofa era acessível, com uma linguagem que chegava a todos e todas e até na maneira de se vestir, que transmitia seu respeito e admiração pela cultura negra, objeto e objetivo de seus estudos e militância. Foi também figura importante na criação de movimentos e institutos de pesquisa como o Movimento Negro Unificado, o Instituto de Pesquisas das Culturas Negras do Rio de Janeiro, Olodum e o Coletivo de Mulheres Negras N’Zinga.

⋅ ⋅ ⋅

Leia mais textos da NOVA MULHER

Morre aos 69 anos, a aclamada escritora bell hooks

Artistas negras postam fotos com seus cabelos naturais para demostrar solidariedade ao João do BBB 21

Natália do BBB 22 e a solidão da mulher negra: “Para nós, a solidão se tornou um posicionamento político”, explica escritora

10 séries e filmes com protagonistas negras que você precisa assistir

⋅ ⋅ ⋅

Siga e compartilhe

Você gostou deste conteúdo? Então siga a NOVA MULHER nas redes sociais para acompanhar mais novidades e ter acesso a publicações exclusivas: estamos no Twitter, no Instagram e no Facebook.

Aproveite e compartilhe os nossos textos. Seu apoio ajuda a manter este site 100% gratuito. Cada contribuição é muito valiosa para o trabalho da nossa equipe de redatores e jornalistas.

Tags

Últimas Notícias


LEIA TAMBÉM