O alemão Patrick Stübing, 44, tem quatro filhos com sua irmã mais nova, Susan Karolewski. Ele foi adotado quando criança pela mãe de Susan e apenas aos 23 anos, foi atrás de sua família biológica. Em uma entrevista recente ao site britânico Daily Mail, Susan explica que “a confiança se transformou em um tipo diferente de amor quando nossa mãe morreu seis meses depois.”
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Patrick e Susan iniciaram então um relacionamento amoroso e, entre 2001 e 2015, tiveram quatro filhos juntos. Duas das crianças são pessoas com deficiência. “Tornei-me chefe da família e tive que proteger minha irmã. Ela é muito sensível, mas nós nos ajudamos durante esse período muito difícil e, eventualmente, esse relacionamento se tornou físico”, contou Patrick ao jornal.
O casal já entrou em briga judicial para defender seu relacionamento. Patrick alegou que o casal “nem sabia que estávamos fazendo algo errado” e diz que não perceberam as ramificações legais envolvidas em seu relacionamento. “Nossa mãe não teria aprovado, mas os únicos que devem nos julgar agora somos nós”, acrescentou.
Os dois foram julgados por incesto em 2002, e um tribunal distrital foi informado de que Patrick “só no início se incomodou em usar preservativos”. Depois de anos de idas e vindas com o sistema legal na Alemanha, o casal iniciou sua campanha para legalizar o incesto.
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Eles levaram seu desafio ao Tribunal de Direitos Humanos em 2012. Países como França, Turquia, Japão e Brasil já legalizaram o sexo entre parentes. Mas a oferta do casal foi rejeitada e eles foram informados de que “não havia provas suficientes” para sugerir uma “possível tendência de descriminalização de tais atos”.
O Daily Mail relata ainda que o casal ainda vive junto no leste da Alemanha, onde o incesto entre irmãos continua sendo ilegal. O incesto é punível com a morte em países como Afeganistão, Irã, Arábia Saudita e Nigéria. A prática também é ilegal no Reino Unido.
Anteriormente, o professor Juergen Kunze, geneticista alemão, disse à BBC: “Precisamos dessa lei contra o incesto na Alemanha e em toda a Europa. É baseado em longas tradições nas sociedades ocidentais, e a lei está aqui por um bom motivo.
“Pesquisas médicas mostraram que há um risco maior de anormalidades genéticas quando parentes próximos têm um filho juntos. Quando irmãos têm filhos, há 50% de chance de que a criança nasça com deficiência.”
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