Notícias

Dia da Luta dos Povos Indígenas, conheça 5 perfis de mulheres ativistas para seguir

Elas usam as redes para divulgar a cultura de seus povos e reivindicar direitos

Katu Mirim é artista e rapper em São Paulo (Foto: Reprodução)

Neste dia 7 de fevereiro foi comemorado o Dia da Luta dos Povos Indígenas no Brasil e para celebrar a data, selecionamos cinco perfis de mulheres indígenas ativistas para você conhecer mais sobre a cultura e a história desses povos originários brasileiros. São artistas, políticas, educadoras e líderes espirituais que usam as redes para divulgar a cultura de seus povos e reivindicar direitos.

ANÚNCIO

Putanny Yawanawá

Putanny Yawanawá, de 40 anos, e sua irmã, Hushahu, são as primeiras mulheres pajés na etnia yawanwá. Mas para alcançar a posição, Putanny teve que enfrentar o preconceito dos homens do seu povo e a desconfiança das mulheres da aldeia. Ela foi submetida a uma rigorosa dieta durante um ano (etapa de preparação fundamental para conhecer as sabedorias ancestrais espirituais), perdendo mais de 20 quilos, e manteve-se isolada no meio da floresta. Durante esse período, contou com plantas da floresta que, até então, eram usadas apenas pelos homens, como uni (ayahuasca), e substâncias como o rapé, saliva de jiboia e veneno de sapo. Cumprido o ritual de preparação, recebeu a benção do seu antecessor, Pajé Tatá, para se aprofundar nos saberes de sua gente.

Katu Mirim

Indígena da etnia Boe Bororo e natural do Mato Grosso, a artista e rapper Katú Mirim foi adotada aos 10 meses e criada por uma família branca na periferia de São Paulo. Quando descobriu sua origem biológica, não encontrou nenhuma informação sobre seu povo nos livros da escola, conseguindo alguma informação sobre suas origens apenas aos 19 anos, quando, graças à internet, mergulhou em pesquisas sobre a história das culturas indígenas no país. Em seu trabalho com o rap, ela canta sobre as lutas dos povos originários brasileiros.

Dayana Molina

Dayana Molina, de 33 anos, se define como “artvista” e, em 2020, lançou a hashtag #DescolonizeAModa, iniciando nas redes sociais um debate sobre a representatividade indígena na indústria. Stylist, ela está no setor há 13 anos e sua avó, Nana, foi quem serviu de inspiração para que ela desenvolvesse seu trabalho. As roupas de sua marca, Nalimo, são desenhadas e costuradas a partir dessas memórias afetivas, que fizeram com que ela entendesse as roupas como algo mais pessoal e não ligado ao conceito tradicional ou de tendências de consumo. Esse é um dos temas sobre os quais fala em seu perfil.

Yacunã Tuxá

Yacunã é uma ativista e artista visual da etnia Tuxá, na cidade de Rodelas, na Bahia. Graduanda em Letras na Universidade Federal da Bahia, ela também é uma das jovens lideranças em defesa dos direitos dos indígenas que pertencem à comunidade LGBTQIA+. Com linguagem contemporânea, suas obras são feitas com ferramentas digitais e evocam, principalmente, a força das mulheres de seu povo, provocando reflexões sobre a vivência dos povos originários que transitam entre os aldeamentos e a vida urbana em grandes cidades num constante movimento de resistência.

Joênia Wapichana

Joênia Wapichana, foi a primeira indígena a eleger-se deputada federal, em 2018, pela Rede. Antes disso, ela também foi a primeira indígena a se formar em Direito no país, em 1997, pela Universidade Federal de Roraima (UFRR). Pouco mais de 10 anos depois, em 2008, ela protagonizou outro marco no Tribunal Federal (STF) ao ser a primeira advogada indígena da história a realizar uma sustentação oral na Corte, durante o julgamento que definiu a demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol (RR). Desde que chegou ao Congresso Nacional, Joênia é uma das principais vozes no debate em defesa pelos direitos dos povos originários e, durante a pandemia de covid-19, tem trabalhado pela proteção e vacinação dessas populações mais vulneráveis.

⋅ ⋅ ⋅

ANÚNCIO

Leia mais textos da NOVA MULHER

Mulher indígena faz história ao se tornar primeira apresentadora de TV com tatuagem facial

Ela é a líder indígena que ganhou um “Nobel” por proteger 500 mil hectares da Floresta Amazônia

Podcaster é atacada por pessoas brancas ao divulgar vaga de trabalho apenas para mulheres negras, indígenas ou trans

Professora viaja de canoa para dar aula a crianças indígenas no Panamá

⋅ ⋅ ⋅

Siga e compartilhe

Você gostou deste conteúdo? Então siga a NOVA MULHER nas redes sociais para acompanhar mais novidades e ter acesso a publicações exclusivas: estamos no Twitter, no Instagram e no Facebook.

Aproveite e compartilhe os nossos textos. Seu apoio ajuda a manter este site 100% gratuito. Cada contribuição é muito valiosa para o trabalho da nossa equipe de redatores e jornalistas.

ANÚNCIO

Tags


Últimas Notícias