Notícias

Pesquisa revela que mulheres jornalista sofreram cerca de 6 ataques por mês em 2021

O levantamento é da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, a Abraji

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, a Abraji, realizou ao longo de 2021, um monitoramento dos ataques sofridos por jornalistas no exercício da profissão, fazendo um recorte especial para aqueles com viés de gênero. De janeiro a dezembro de 2021, mulheres jornalistas foram agredidas, ofendidas, intimidadas e ameaçadas no exercício da profissão em 78 episódios diferentes, o que dá mais de 6 ataques por mês. Foram 62 vítimas ao todo e 34,6% dos ataques usaram o gênero, a sexualidade ou a orientação sexual como ferramenta de ataque.

Em 71,8% dos casos identificados pela Abraji, mulheres jornalistas foram alvos dos chamados discursos estigmatizantes, agressões verbais com o intuito de hostilizar e descredibilizar as vítimas. Nesse contexto, termos como “militante”, “jornazista”, “lixo” e “comunista” foram empregados para desacreditá-las como profissionais. Expressões misóginas também fizeram parte da dinâmica de agressões e estiveram presentes em 41% dos discursos voltados a jornalistas e comunicadoras, representando 29,5% do total de ataques. Elas foram chamadas de “vagabundas”, “putas”, “biscates”, “feias”, “velhas”, “burras” e “loucas”, entre outras palavras sexistas que usam de aspectos da aparência e sexualidade na tentativa de calar suas vozes.

Do total de agressões contra comunicadoras em 2021, 62,8% ocorreram enquanto as profissionais cobriam questões políticas. As agressões foram registradas no âmbito do projeto Violência de gênero contra jornalistas, iniciativa da Abraji realizada com financiamento da UNESCO e parceria de Mulheres Jornalistas, Instituto Patrícia Galvão, Fenaj, Gênero e Número, CPJ e Repórteres sem Fronteiras. O monitoramento é a extensão de um trabalho focado em violações da liberdade de imprensa, realizado pela Abraji em parceria com a rede Voces del Sur desde 2019.

Recomendados

⋅ ⋅ ⋅

Leia mais textos da NOVA MULHER

Pesquisas revelam aumento da violência contra a mulher no último ano

Boletins eletrônicos de violência doméstica chegam a 5,5 mil em São Paulo

Assédio é a principal violência contra meninas e mulheres no ambiente virtual

Veja como Maid explica como ocorre a violência patrimonial

⋅ ⋅ ⋅

Siga e compartilhe

Você gostou deste conteúdo? Então siga a NOVA MULHER nas redes sociais para acompanhar mais novidades e ter acesso a publicações exclusivas: estamos no Twitter, no Instagram e no Facebook.

Aproveite e compartilhe os nossos textos. Seu apoio ajuda a manter este site 100% gratuito. Cada contribuição é muito valiosa para o trabalho da nossa equipe de redatores e jornalistas.

Tags

Últimas Notícias


LEIA TAMBÉM