Saúde e Bem-estar

É assim que a ansiedade se manifesta no corpo: como identificá-la por meio de seus sintomas

Explicamos como reconhecê-los e as melhores formas de lidar com os sintomas

Como a ansiedade se manifesta no corpo?
Como a ansiedade se manifesta no corpo? (Foto: Reprodução/iStock)

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) alertam que, somente no Brasil, cerca de 18,6 milhões de pessoas sofrem de ansiedade — o que coloca o país no topo do ranking mundial. Uma porcentagem bastante alta que inclui apenas aquelas pessoas que foram diagnosticadas, mas que ao mesmo tempo nos dá uma ideia de como é importante cuidar da saúde mental.

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Mas a realidade é que para que a ansiedade seja diagnosticada é importante que a população saiba o que realmente é a ansiedade e como ela pode se manifestar no organismo, bem como as possíveis formas de tratá-la.

E embora sentir ansiedade ocasionalmente seja uma parte normal da vida, isso não ocorre naquelas pessoas com transtornos de ansiedade frequentes e que habitualmente sofrem preocupações, medos intensos e persistentes sobre situações cotidianas.

Nestes casos, episódios repetidos de ansiedade intensa que podem interferir no bem-estar da pessoa e em suas atividades diárias e que normalmente são difíceis de controlar. Seja qual for o tipo de ansiedade que você sofre, justamente para que você possa identificá-la e encontrar uma solução, explicaremos a seguir como essa ansiedade pode se manifestar no corpo.

O que é ansiedade?

Antes de entrar no assunto e ver os sintomas habituais de quem sofre de ansiedade, é importante antes de tudo entender o que exatamente queremos dizer com ansiedade.

Segundo artigo publicado no site El Español, esta é uma reação que ocorre em humanos e que todos nós experimentamos em algum momento. É uma resposta do nosso próprio corpo quando se prepara para enfrentar um perigo ou uma ameaça, é justamente por isso que a ansiedade é uma espécie de mecanismo de proteção.

Mas o que acontece quando esse mecanismo de proteção é ativado sem que realmente haja um estímulo ou ameaça real? É nestes casos que já não estamos a falar de uma ansiedade lógica ou funcional, mas sim de uma ansiedade patológica que vamos ativando excessivamente e que pode causar-nos sentimentos de angústia, juntamente com outros tipos de reações prejudiciais ao nosso estado mental e físico.

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Nesse caso, é quando podemos falar em ansiedade causada por reações fisiológicas, cognitivas, emocionais ou comportamentais.

Como a ansiedade se manifesta

Uma das formas de reconhecer se temos ou não ansiedade é saber exatamente como ela se manifesta em nosso corpo. Uma série de reações, neste caso corporais, que segundo a American Psychiatric Association são:

  • Aumento dos batimentos cardíacos;
  • Tremores ou formigamento;
  • Suor;
  • Sensação de falta de ar e sufocamento;
  • Dor de estômago;
  • Tontura ou instabilidade;
  • Dor no peito ou tórax;
  • Calafrios.

Sintomas aos quais pesquisas recentes também acrescentam são tensão muscular, fadiga ou dor de cabeça, entre outros. Mas além dos sintomas físicos, também é importante mencionar outros sintomas que são igualmente comuns em um transtorno de ansiedade e que não devemos deixar passar despercebidos:

  • Preocupação excessiva: Nos transtornos de ansiedade, geralmente ocorre uma preocupação desproporcional sobre os eventos que a estão desencadeando. Para que isso seja levado em consideração em um caso de transtorno de ansiedade, a preocupação deve estar presente na maioria dos dias e ser difícil para a pessoa que sofre dela controlar.
  • Agitação: Com a ansiedade, parte do nosso sistema nervoso simpático é potencializado, o que desencadeia uma série de efeitos no corpo como: pulso acelerado, palmas das mãos suadas, tremores, boca seca... É um sistema de defesa do corpo que é acionado por aquela suposta ameaça na forma de ansiedade que ele está percebendo e que faz com que o sangue seja desviado do aparelho digestivo para os músculos caso precisemos correr ou lutar contra aquela ameaça. Isso se traduz em um alto nível de agitação.
  • Sentir-se cansado ou fatigado: Ficar cansado é outro dos sintomas comuns em casos de ansiedade generalizada e isso pode ser devido ao cansaço causado após um ataque de ansiedade ou fadiga crônica. Ainda assim, não está claro se esse cansaço pode estar associado à insônia e tensão muscular ou aos efeitos hormonais da ansiedade crônica.
  • Falta de concentração: Outro sintoma frequentemente relacionado à ansiedade é a dificuldade de concentração, principalmente no caso de crianças e adolescentes. Algo que pode estar relacionado ao fato de que, segundo alguns estudos, a ansiedade pode interromper a memória de trabalho, responsável pela retenção de informações em curto prazo.
  • Dificuldade para dormir: Os distúrbios do sono também estão relacionados aos transtornos de ansiedade, a ponto de alguns estudos sugerirem que sofrer de insônia na infância pode estar relacionado ao desenvolvimento de ansiedade na vida adulta. O que não está totalmente claro é se a insônia contribui para a ansiedade ou, inversamente, a ansiedade é responsável pela insônia.

O que fazer para reduzir os sintomas?

Além de fazer terapia, é importante que você combine essa ajuda de um especialista com um estilo de vida e hábitos que possam te ajudar a manter essa ansiedade sob controle.

  • Reduza a cafeína: Tanto a cafeína quanto o chá são bebidas que estimulam o sistema nervoso e podem acentuar os sintomas de ansiedade. Esta é uma das principais razões pelas quais você deve reduzir seu consumo.
  • Dieta saudável e exercícios: Além de garantir uma boa saúde, comer bem e praticar exercícios ajuda a diminuir essa sensação de estresse e melhora nosso humor graças à liberação de substâncias como: dopamina, serotonina ou endorfina, entre outras.
  • Dê a si mesmo tempo para descansar: é tão importante manter-se ativo quanto saber quando é hora de descansar o corpo e a mente ou diretamente para dormir. Ficar descansado ajudará você a deixar a ansiedade para trás.
  • Meditação: Hoje em dia, existem diferentes programas de meditação adaptados. Através deles e ajudando-o a controlar a sua respiração ou relaxamento, poderá relaxar o corpo a nível físico e a mente, controlando o pensamento. É uma prática que, realizada constantemente, pode ser muito eficaz na redução da ansiedade.

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Aviso

Este texto é de caráter meramente informativo e não tem a intenção de fornecer diagnósticos nem soluções para problemas médicos ou psicológicos. Em caso de dúvida, consulte um especialista antes de começar qualquer tipo de tratamento.

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