Saúde e Bem-estar

O que é a síndrome do impostor e como você pode superá-la?

A síndrome costuma atingir muitas mulheres, em especial no ambiente profissional

O que é a síndrome do impostor e como você pode superá-la?

A síndrome de impostor, costuma ser caracterizada quando algumas pessoas acreditam que, por mais que conquistem muitos feitos na vida, não acham que sejam merecedoras de tais conquistas. Elas negam qualquer sucesso e se consideram inferiores aos demais, mesmo que seus resultados indiquem o contrário.

Sendo assim, essas pessoas, em especial as mulheres, acabam por não acreditar que são válidos e negam continuamente suas qualidades. Se você se identifica com as essas características, pode ser que sofra do que na psicologia chamam de ‘síndrome do impostor’.

Laura Valenzuela, psicóloga do Mundo Psiclogos, indica ao site Bienestar, que a síndrome do impostor é um fenômeno psicológico pelo qual a pessoa não consegue reconhecer seus méritos e conquistas.

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“As pessoas que sofrem da síndrome do impostor duvidam constantemente de seu valor, sentem que nunca estão à altura da tarefa, que deveriam ser capazes de fazer mais e não se consideram competentes, mesmo que façam um bom trabalho e sejam bem-sucedidas“, explica Valenzuela.

Eles também acreditam que a qualquer momento os outros saberão que não são válidos, que serão “desmascarados” e que receberam o reconhecimento de que realmente não merecem.

Entre suas principais causas estão a baixa autoestima, que fará com que seu autoconceito seja pobre e você sinta que não é válido; e um ambiente familiar exigente e perfeccionista, que também o fará estar consigo mesmo.

“Por outro lado, a comparação constante com outras pessoas não permitirá que você desfrute de suas próprias conquistas e você sentirá que deve estar em constante competição com os outros para provar seu próprio valor”, diz a psicóloga. Ao que deve ser adicionado o medo do fracasso e a baixa tolerância à frustração.

A psicóloga afirma que a síndrome do impostor atinge mais as mulheres, mas não por uma questão de gênero, e sim educacional. “As crianças são criadas para serem bem-sucedidas, competitivas e fortes. Em vez disso, as mulheres são educadas para serem empáticas, cuidadosas, sutis e humildes. Essas características, que em princípio não são negativas, tornam-se negativas quando nos fazem duvidar de nossos sucessos, acreditar que não devemos ser competitivos e que não devemos nos destacar dos demais.

É possível superá-la?

A ajuda profissional, em grupos ou sessões individuais, pode proporcionar a identificação de um padrão emocional e comportamental que ajuda a redefinir o problema. Conforme detalhado por Verónica Rodríguez Orellana, psicoterapeuta e diretora do Coaching Club, essas sessões se concentram em trabalhar com a distorção cognitiva que afeta a pessoa por meio de exercícios lúdicos. “Com o feedback adequado de seus colegas de grupo ou do profissional, você tem muitas possibilidades de resolvê-lo adequadamente”, diz ela.

Outras técnicas defendidas por Mónica García, coach de liderança e diretora do centro El Factor Humano, são, por um lado, ajudar essas pessoas a se concentrarem em contribuir e servir, não em fazê-lo bem. “Avaliar a utilidade em vez de pensar se eles fizeram certo ou errado será mais fácil para eles”, explica ele.

Você também tem que trabalhar com a ideia de que essas pessoas devem se dar permissão para serem elas mesmas e deixar a ideia do profissional perfeito que deveriam ser e que não são. “Você não veio para ser eles, você veio para ser você. Você pode ter modelos para olhar, mas não precisa ser como eles”, diz García.

Outra fórmula útil é ajudar a pessoa a parar para integrar emocionalmente seu sucesso e sentir as conquistas. Normalmente, reconhecemos os sucessos em um nível racional ou mental, mas não os sentimos. Por isso, Mónica García confia na eficácia de fortalecer a visão que se tem de si mesmo e de suas conquistas “retornando a essa situação, analisando qual foi nossa contribuição para ela e deixando-nos sentir o resultado”.

Há pessoas que sofrem da síndrome do impostor e que se desenvolvem profissionalmente, mas sempre com aquele medo do fracasso ou de os outros ‘descobrirem’ que não são tão bons quanto pensavam. Por isso, Valenzuela recomenda trabalhar todos esses aspectos com a ajuda de um profissional de saúde mental.

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Aviso

Este texto é de caráter meramente informativo e não tem a intenção de fornecer diagnósticos nem soluções para problemas médicos ou psicológicos. Em caso de dúvida, consulte um especialista antes de começar qualquer tipo de tratamento.

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