Saúde e Bem-estar

Cultura Wellness difundiu termos e técnicas de bem-estar, mas algumas podem trazer prejuízos para a saúde mental

Sem comprovação científica, algumas práticas de bem-estar podem colocar em risco você e o planeta

Cultura Wellness difundiu termos e técnicas de bem-estar, mas algumas podem trazer prejuízos para a saúde mental (Foto: Reprodução)

A busca pelo bem-estar físico e mental ganhou força nos últimos tempos. Motivado pelo período de pandemia e de isolamento social, muitas pessoas passaram a procurar por maneiras de sentirem mais saudáveis e bem consigo mesmas.

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Daí vem o termo “Cultura Wellness”, que difundiu termos e práticas de bem-estar como cristais, mindfulness e constelação familiar. No entanto, algumas dessas técnicas não possuem qualquer comprovação científica e, muitas vezes, podem acabar trazendo mais prejuízos do que benefícios, não apenas para a sua saúde, como também para o meio ambiente.

Conheça a seguir o que são e quais problemas estão relacionados ao uso ou prática de alguns métodos de bem-estar:

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1. Apiterapia

Trata-se de uma terapia alternativa baseada no uso de produtos derivados das abelhas: mel, própolis, pólen, geleia real, cera e veneno. Embora não seja reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina, os praticantes da apiterapia afirmam que ela é eficaz para tratar problemas de pele, articulações e doenças como gripe e resfriado.

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2. Ayurveda

O termo vem do sânscrito e significa “ciência da vida”. É considerado um sistema de saúde milenar, que data de cinco milênios no território onde hoje fica a Índia e o Paquistão. Popularizou-se no final do século 20 como prática de bem-estar. Preconiza a manutenção do equilíbrio na saúde do corpo, da mente e da alma por meio de alimentação, meditação, yoga, uso de plantas medicinais e práticas como cromoterapia e aromaterapia.

3. Cúrmuma

Conhecida também como açafrão-da-terra, é uma raiz de origem indiana geralmente utilizada em pó na culinária ou em chás. Tem propriedades digestivas, antioxidantes, anti-inflamatórias, imunológicas e ajuda a regular o colesterol.

4. Constelação familiar

Neste tipo de terapia, um grupo de pessoas que não se conhece assume papéis de membros da família do indivíduo que está buscando o tratamento. Ao interagirem entre si, são estimulados pelo terapeuta a identificarem emoções e sentimentos presentes nas relações familiares. A prática foi criada pelo psicoterapeuta alemão Bert Hellinger e, embora adotada pelo SUS e pelo Judiciário, não tem respaldo do Conselho Federal de Psicologia.

5. Cristais

Supostamente funcionam como amplificadores das “energias” humanas. A ametista, por exemplo, pode ser usada para acalmar tensão e ansiedade; a obsidiana ajudaria a nos tirar da zona de conforto, e o quartzo rosa vibraria nas mesmas frequências responsáveis pelo afeto. Várias práticas utilizam cristais em suas terapias, como reiki, acupuntura e massoterapia.

6. Medicina integrativa

Trata-se de uma prática da medicina que busca fazer do paciente o ator principal para a manutenção da saúde. Vai além do processo tradicional de buscar um médico para tratar doenças específicas: a medicina integrativa faz uso de outras áreas terapêuticas de forma interdisciplinar.

7. Medicina ortomolecular

É considerada uma prática de medicina alternativa – portanto, sem eficácia científica comprovada. Seu princípio é a administração de doses massivas de biomoléculas, como as vitaminas, combinadas com dietas, aplicação de hormônios e minerais. Um dos pais da medicina ortomolecular é o químico Linus Pauling, vencedor do Nobel de Química por desvendar a estrutura molecular, mas que no final da vida advogou a favor dos supostos benefícios das megadosagens de vitamina C.

8. Mindfulness

Do inglês “atenção plena”, a prática do mindfulness defende que os indivíduos tenham uma capacidade plena de se concentrarem no próprio âmago – semelhante à meditação. Assim, conseguem perceber, identificar e controlar os próprios pensamentos, as sensações corporais e as emoções. Os benefícios vão desde a redução do estresse e da ansiedade até o aumento da produtividade no trabalho, já que uma das premissas é de que a técnica pode ser realizada em qualquer lugar e horário.

9. Óleos essenciais

Combater insônia, diminuir o estresse e a ansiedade, conservar alimentos e acelerar a cicatrização são algumas das funções dos óleos essenciais. É um dos produtos de wellness mais versáteis, uma vez que podem ser feitos a partir de inúmeras plantas, como capim-limão, jasmim, canela, mirra e laranja. Costumam ser aplicados no ambiente por difusores de aromas ou diretamente sobre a pele.

10. Palo santo

Conhecido também como “pau santo”, é nada mais do que uma lasca de madeira retirada da Bursera graveolens, uma planta conhecida por exalar um perfume doce e cítrico. Historicamente, era utilizado como incenso por povos andinos, e hoje vem sendo adotado por quem quer afastar energias negativas dos ambientes e reduzir a ansiedade, o estresse e a depressão.

11. Raspador de língua

Higienizar a língua durante a escovação é um hábito recomendado por 10 entre 10 dentistas. Também é uma prática da medicina ayurveda, de origem indiana. Para isso, utiliza-se o raspador de língua – um objeto de metal, geralmente feito de cobre, em formato de U. Raspar a língua pela manhã ajudaria a eliminar bactérias, células mortas e toxinas que ficam ali acumuladas – além de prevenir o mau hálito.

12. Sálvia

A sálvia é uma erva versátil. Além de ter um uso difundido há séculos como tempero, pode ser consumida em chás digestivos e anti-inflamatórios. E na forma de bastões, em que várias folhas são amarradas quase como um charuto, a planta é queimada e utilizada em rituais xamânicos. Um deles é a tenda do suor, em que os participantes ficam expostos à fumaça da sálvia em um local fechado, eliminando assim suas toxinas físicas e espirituais.

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Aviso

Este texto é de caráter meramente informativo e não tem a intenção de fornecer diagnósticos nem soluções para problemas médicos ou psicológicos. Em caso de dúvida, consulte um especialista antes de começar qualquer tipo de tratamento.

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