Saúde e Bem-estar

Pesquisa revela que diagnósticos de depressão aumentou 40% no Brasil; veja alguns sintomas que podem ser indicativos

Cansaço extremo, prostração e dores no corpo podem ser sinais de depressão

Diagnóstico de depressão aumentou 40% no Brasil; cansaço e dores no corpo podem ser sintomas (Foto: Reprodução)

Uma pesquisa recente mostrou que os diagnósticos de depressão tiveram um aumento de 40% no primeiro trimestre de 2022 no Brasil.

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O levantamento feito pela Vital Strategies, organização global de saúde pública, e pela UFPel (Universidade Federal de Pelotas) ouviu 9.004 pessoas de todas as regiões do país com idade entre 18 anos e 65 ou mais.

Segundo a publicação, o percentual de brasileiros que relatavam ter a doença saltou de 9,6% em 2019 para 13,5% no começo deste ano. A maioria dos entrevistados na pesquisa, eram mulheres.

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É bastante comum associarmos a depressão com um estado de tristeza e desânimo, mas outros sintomas podem ser indicativos de um quadro depressivo ainda nos seus estágios iniciais. Alterações no sono, cansaço excessivo (inclusive mental), dores no corpo, dificuldade de concentração, mudança de peso sem dieta específica e perda do interesse por atividades que costumavam ser prazerosas.

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Esses são sintomas que costumam aparecer logo no início da depressão, mas podem passar despercebidos até que a doença cause prejuízos mais significativos.

Em uma entrevista ao portal R7, o O neuropsiquiatra Marco Antonio Abud, fundador do canal Saúde da Mente, no YouTube, explica que a tristeza, a falta de apetite e o fato de a pessoa não sair da cama, por exemplo, são os sintomas mais associados à depressão, mas afirma que “quando se atinge esse quadro isso não quer dizer que já não tem jeito, mas seria possível identificar antes”.

Diagnóstico e tratamento

A recomendação de Abud é que a pessoa que apresenta esses sintomas de forma persistente e prolongada procure ajuda especializada. Ele salienta que em muitos casos o tratamento pode ser feito sem o uso de medicamentos antidepressivos.

“Nos casos em que [a depressão] é leve, moderada ou moderadamente intensa, pode-se optar – sempre sob a orientação de um profissional – por fazer um tratamento não medicamentoso, em que a pessoa não precisa tomar um antidepressivo. O antidepressivo se torna necessário em quadros em que o prejuízo é muito intenso e a pessoa está muito paralisada.”

Os remédios atuam para restaurar a neuroplasticidade, que é a capacidade de criar novas conexões entre os neurônios (sinapses) nas áreas do cérebro responsáveis pelo prazer, concentração e socialização, de forma mais rápida, para que o paciente consiga dar os próximos passos do tratamento.

A terapia cognitivo-comportamental específica para depressão funciona como uma espécie de “musculação” do cérebro. É um método amplamente utilizado e bem-sucedido nos tratamentos.

Outros aliados no tratamento são o exercício físico regular e a alimentação.

“A atividade física atua em três principais mecanismos: produz endorfina, que é como se fosse uma morfina do próprio corpo, uma substância que tira a dor e é gostosa. Nem sempre a pessoa vai ter isso logo no início, por isso o exercício tem que começar muito pouco sofrido. Aumenta a liberação de serotonina em algumas áreas, mas para isso acontecer são necessárias algumas semanas. O importante é fazer algum exercício que a pessoa consiga manter. Isso diminui os níveis de hormônios inflamatórios, diminui os níveis de cortisol e permite que essas sinapses, esses caminhos neuronais, cresçam”, diz o médico.

Na alimentação, é preciso evitar comidas que estimulam processos inflamatórios no organismo e aumentar o consumo daquelas que têm comprovadamente efeitos antidepressivos.

“O maior inimigo da depressão em termos de alimentação é o açúcar refinado. [...] O cérebro precisa de glicose o tempo todo. Se fica numa gangorra durante o dia, a pessoa vai ter pico de estresse e pico de sonolência. A proteína segura isso. A farinha branca piora isso. [...] Essa gangorra de humor vai gerando um estado inflamatório no corpo.”

Alimentos ricos em ômega-3 (peixes gordos, aveia e semente de chia, por exemplo) e probióticos, como iogurte, são indicados pelo médico.

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Aviso

Este texto é de caráter meramente informativo e não tem a intenção de fornecer diagnósticos nem soluções para problemas médicos ou psicológicos. Em caso de dúvida, consulte um especialista antes de começar qualquer tipo de tratamento.

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