A dopamina é um neurotransmissor que atua no sistema nervoso, modulando nossas emoções e provocando respostas de excitação entre os neurônios, além de ser um dos responsáveis pela nossa coordenação motora e aprendizado.
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Muitas vezes chamado de hormônio do prazer e da recompensa, a dopamina também pode estar associada a doenças neurológicas, como a depressão, o Parkinson e a epilepsia quando há baixa produção deste hormônio ou falta dele no organismo.
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A dopamina é um neurotransmissor da família das catecolaminas. Ela é produzida naturalmente pelo corpo, principalmente pelos neurônios dopaminérgicos, ou seja, aqueles cujos neurotransmissores principais são a dopamina.
Esses neurônios podem ser encontrados em diferentes áreas do cérebro, mas duas delas têm maior importância nesse processo: a substância nigra (ou negra) —relacionada aos movimentos e à fala— e a área tegmental ventral —vinculada aos sistemas de recompensa (prazer ou satisfação) e repetição (ou reforço).
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O hormônio está muito relacionado à estímulos externos de prazer e satisfação, como o contato físico, sexo e exercícios. No entanto, algumas pessoas acreditam que, se privando desses estímulos e, logo, da dopamina, podem aproveitar melhor o prazer em coisas simples do dia-a-dia, além de melhorar sua atenção e desempenho.
A ideia central do jejum de dopamina é se privar dessas descargas físico-químicas por um período determinado de tempo em prol da saúde. Isso inclui se afastar das redes sociais, de jogos, comidas, compras, música, sexo e até mesmo do contato visual.
Os adeptos da prática acreditam que, na ausência dessas fontes de prazer, a necessidade de dopamina diminua. Dessa forma, interrompendo comportamentos relacionados ao neurotransmissor, eles teriam mais satisfação com coisas simples e se sentiriam mais alegres quando voltassem a praticar as atividades abandonadas.
Funcionamento do jejum
A nutricionista e fisioterapeuta Monik Cabral, em uma entrevista ao site Metrópoles, explica que o jejum de dopamina é uma prática que prega a ausência total de estímulos prazerosos em prol de bem-estar, foco e produtividade.
“Vem ganhando muitos adeptos no Vale do Silício, nos Estados Unidos, região conhecida por disseminar diversos modismos para o mundo. As regras foram criadas pelo professor de psiquiatria da Universidade da Califórnia, em São Francisco, Cameron Sepah”, afirma.
Monik comenta que, segundo o criador da prática, suspender comportamentos que engatilham a liberação de grandes quantidades de dopamina permite que nosso cérebro se renove e trabalhe melhor. “O cérebro seria higienizado e, quando os estímulos fossem retomados, seriam mais intensos e surpreendentes”, detalha.⠀
Benefícios
Para Cabral, fazer o jejum de dopamina pode ser útil para moderar ações nas quais você se considera viciado. A prática funcionaria como um sistema de recompensa, melhorando sua motivação para que outras tarefas também se tornem importantes.
Cuidados
Mas como qualquer prática ou atividade que implementamos em nossa rotina, é preciso tomar cuidado com alguns pontos.
Em uma entrevista para o site UOL, Lívia Ciacci, neurocientista do método Supera - Ginástica Para o Cérebro, alerta que a atração causada com as modas que vêm do Vale do Silício pode contribuir para deixar as pessoas mais propensas a acreditarem em promessas de resultados rápidos, mesmo que não haja qualquer comprovação científica. “É nocivo para a sociedade esse tipo de moda, primeiro porque espalha conceitos errados sobre a biologia do corpo, e depois porque quem acaba acreditando pode levar isso muito a sério e passar a se privar de comportamentos que são saudáveis —como socializar com os amigos— em prol de uma ilusão”, enfatiza.
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Aviso
Este texto é de caráter meramente informativo e não tem a intenção de fornecer diagnósticos nem soluções para problemas médicos ou psicológicos. Em caso de dúvida, consulte um especialista antes de começar qualquer tipo de tratamento.
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