Quando a quarentena foi decretada, muitos casais que já moravam juntos ou começaram a fazê-lo. Contudo, foi na quarentena que eles viram sua libido ameaçada ou aumentada.
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Por compartilhar tantas horas juntos, o sexo assume o centro das atenções, seja pela presença ou ausência.
A pressão social, que supostamente estipula sobre qual é a frequência normal das relações sexuais , assombra a cabeça de vários casais, pensando que eles podem não se enquadrar nesses padrões.
Pierina é uma cientista política de 46 anos e está com seu parceiro há 25. A cientista política afirma que “a libido pode ser orientada para qualquer coisa”.
“Não é um conceito que atende apenas à questão sexual, exceto em termos psicanalíticos, caso em que está vinculado à energia que impulsiona”, expõe.
No caso dela, Pierina diz que ela e seu parceiro geralmente não são «pessoas muito enérgicas», mas que a quarentena ajuda a reduzir o desejo.
“É claro que é menor, as pessoas ficam deprimidas e isso ajuda a não ter muita energia”, acrescenta.
Mariana, de trinta anos, mudou-se para a casa do namorado em quarentena e, no caso dela, os desejos sexuais foram mantidos.
Ainda assim, ela acha que se não estivesse em um relacionamento ou morasse junto, sua libido não estaria muito alta.
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“O sexting é exaustivo e é compreensível que aconteça com outras pessoas”, diz ele.
O que acontece quando há alguém que sente vontade de fazer sexo e outra pessoa é apática?
No caso de Antonella, de 34 anos, ela também não morava com o companheiro, mas como Mariana, quando decretaram a quarentena, ela foi morar com ele.
Antonella sente o mesmo desejo de contato sexual de sempre, mas foi reduzido a ele.
“Ele fica entediado, como se não encontrasse o desejo, fazemos sexo, mas não com tanta frequência”, revela.
Antonella, conta que o namorado sente culpa.
“Ele sente que é feio não haver desejo, mas, ei, é um sentimento vindo dele”, diz ele. Ela diz que se sente calma e que não há motivo para se preocupar.
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Para pessoas que passam pela quarentena sozinhas, a masturbação e o sexting são recomendados.
A psicóloga e sexóloga Cecilia Ce, explica em seu Instagram várias formas de promover a fantasia.
No prólogo de seu livro, ATR Sex, ele convidou a foder, como se o mundo estivesse acabando.
A sexóloga esclareceu que por «foder» ela se referia a qualquer atividade sexual desejada.
Com isso, fez uma referência clara ao falocentrismo, aquela crença de que o sexo se reduz à penetração.
- Os nomes das mulheres são falsos para preservar sua privacidade.
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