A Central Japan Railway está perto de concluir uma das maiores obras de engenharia de transporte em massa do mundo: um trem com levitação magnética que quebra recordes de tempo e velocidade em suas viagens.
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A linha Chūō Shinkansen, que conectará Tóquio a Nagoya (286 quilômetros), deverá estar operacional até 2027. Outro trecho, que se estende até Osaka, deverá ser concluído até 2045.
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Com velocidades superiores a 500 quilômetros por hora, a primeira viagem deveria ser feita em 40 minutos. Enquanto a segunda, de quase 500 quilômetros, deveria ser percorrida em apenas 67 minutos. Essas velocidades, alcançadas por terra com o trem de levitação magnética, são comparáveis às de um avião comercial convencional.
Quanto custa o desenvolvimento de uma linha de trem com levitação magnética?
Há cerca de 11 anos, a equipe da Central Japan Railway prometeu que o Japão teria o trem de levitação magnética mais rápido de todos os tempos até 2027. No entanto, os especialistas no assunto se adiantaram muito, pois em 2015 conseguiram fabricar um protótipo que atinge 603 quilômetros por hora.
Atualmente, o trem de levitação magnética (Maglev em inglês) já está em funcionamento (mas não de forma convencional).
Não viaja a esses 600 quilômetros por hora, por questões de segurança. No entanto, cada percurso (nos testes) que realiza é uma exibição inédita de tecnologia e mega engenharia, já que quebra recordes de velocidade, tempos e distâncias.
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O custo para cumprir todo este projeto é impressionante, e grande parte é coberta pela população do Japão por meio de impostos arrecadados nos próprios serviços públicos.
Especificamente, são necessários 85 bilhões de dólares. Os primeiros 60,7 bilhões vêm dos contribuintes. Outros 20 bilhões foram emprestados pelo governo do Japão, já que o primeiro-ministro, Abe Shinzo, os emprestou para a Central Japan Railway em 2016.
A construção de cada uma das estações custa 236 milhões de dólares, e em casos majestosos, como o que está sendo realizado em Kanagawa, o custo pode chegar a 1,4 bilhão.