Na intensa e constante busca de mistérios ao redor do Universo, a NASA utilizou dados do Telescópio Espacial Hubble para focar sua atenção em uma galáxia localizada a 240 milhões de anos-luz da Terra. Astrônomos e cientistas responsáveis por este estudo puderam observar um comportamento estranho no centro do distante aglomerado estelar.
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Há vida nessas regiões do Universo? Provavelmente sim. Com uma imensa quantidade de estrelas, a teoria de muitos cientistas é que é muito provável que existam planetas rochosos, como a Terra, em regiões habitáveis com desenvolvimentos de vida semelhantes aos que conhecemos. No entanto, isso ainda não foi confirmado e não é o foco deste recente estudo da agência espacial norte-americana.
O que os cientistas notaram, graças à impressionante resolução dos dados obtidos pelo Telescópio Espacial Hubble, é que esta galáxia contém um fenômeno muito estranho chamado Núcleo Galáctico Ativo. Ele foi detectado devido à presença de um buraco negro que é 65 milhões de vezes mais massivo que o Sol.
Este fenômeno foi captado pelo Hubble porque provoca uma espécie de halo, cheio de gás e poeira que se assenta sobre um disco de estrelas.
O Núcleo Galáctico Ativo e um buraco negro
A presença do buraco negro é fundamental para a interação do que os cientistas da NASA chamam de Núcleo Galáctico Ativo. "Se o núcleo de IC 4709 tivesse apenas estrelas, não seria tão brilhante", destaca a agência espacial em seu blog oficial.
"Um disco de gás gira em espiral ao redor deste buraco negro e eventualmente entra nele, colidindo e aquecendo à medida que gira. Alcança temperaturas tão altas que emite enormes quantidades de radiação eletromagnética, desde luz infravermelha até luz visível, passando por luz ultravioleta e raios X", disse a NASA para explicar como foi possível captá-lo com o Hubble.
“A faixa de poeira bloqueia qualquer emissão de luz visível do próprio núcleo. No entanto, a espetacular resolução do Hubble oferece aos astrônomos uma visão detalhada da interação entre o Núcleo Galáctico Ativo, bastante pequeno, e sua galáxia hospedeira. Isso é essencial para entender os buracos negros supermassivos em galáxias muito mais distantes do que IC 4709, onde não é possível resolver detalhes tão finos”, detalharam.