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Arqueólogos espanhóis descobrem que os artesãos de 4.000 anos atrás falsificavam joias

Cerca de 2.000 túmulos em 15 locais diferentes entre Portugal e Espanha continham pedras de âmbar. Foi comprovado que algumas eram falsas de propósito

Más de 168 expositores se reunirán para mostrar las piedras y fosilizaciones más impresionantes de la naturaleza
Ambar Más de 168 expositores se reunirán para mostrar las piedras y fosilizaciones más impresionantes de la naturaleza (Dreamstime)

A falsificação de joias é uma prática que tem pelo menos 4.000 anos de antiguidade. Foi isso que determinaram arqueólogos e cientistas da Universidade de Sevilha, em um estudo que analisou pelo menos 2.000 túmulos de 15 sítios arqueológicos entre Portugal e Espanha, que continham pedras de âmbar em suas estruturas.

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“Algumas eram falsas”, disseram os especialistas em sua análise científica. “Não era para enganar ou ludibriar. É possível que o motivo tenha sido a escassez de pedras preciosas”, acrescentaram.

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Estas jóias, desde a antiguidade até os dias atuais, são uma raridade no mundo. Portanto, era surpreendente que tantas tumbas as tivessem em suas estruturas.

No entanto, ao realizar análise de cada um dos baús investigados, os especialistas descobriram que os artesãos de 4.000 anos atrás (2.000 a.C.) usavam um método engenhoso para imitar as pedras de âmbar.

De acordo com uma resenha do El Cronista, os cientistas do grupo de pesquisa Quantas, da Universidade de Sevilha, explicam que os antigos artesãos usavam uma mistura de cera de abelha, resina de pinheiro e um corante vegetal que aderia à peça com um adesivo feito de osso.

Piedra de ámbar
Pedra de âmbar Ourives antigos

As pedras de âmbar presentes nos depósitos da Península Ibérica

Para ter uma ideia da presença do âmbar no mundo, os cientistas apontaram que a maioria dessas pedras encontradas entre o quinto e o segundo milênio a.C foram encontradas em três locais de sepultamento na Península Ibérica: Anta Grande de Zambujeiro (Nossa Senhora de Tourega, Portugal), Tholos de Montelirio (Castilleja de Guzmán, Espanha) e Cova dels Muricecs (Pallars Jussà, Espanha).

Encontraram uma falsificação e isso os obrigou a analisar com tecnologia de última geração o restante das descobertas anteriores. Havia muitas genuínas e algumas eram falsificações, o que os levou à hipótese de que estavam realizando essa prática para atender à demanda, diante da escassez de pedras de âmbar na região.

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