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Centro Carter sobre as eleições na Venezuela: “não podem ser consideradas democráticas”

A escolha “não atendeu aos parâmetros e padrões internacionais de integridade eleitoral”, afirmou

Oposición venezolana
Oposição Chapa contra Maduro (Cristian Hernandez/AP)

O Centro Carter afirmou na noite desta terça-feira que não pode verificar os resultados das polêmicas eleições na Venezuela realizadas no domingo, onde a autoridade proclamou o presidente Nicolás Maduro como vencedor, e apontou a “falta de transparência” do órgão eleitoral na divulgação dos resultados.

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A organização sediada em Atlanta declarou que a eleição "não atendeu aos parâmetros e padrões internacionais de integridade eleitoral e não pode ser considerada democrática", em um comunicado.

O Conselho Nacional Eleitoral convidou o Centro Carter para observar as eleições após a assinatura do acordo de Barbados em outubro de 2023. Os únicos observadores internacionais autorizados a comparecer às eleições foram o Centro e uma pequena delegação das Nações Unidas, que até agora não se pronunciou sobre os resultados das eleições.

A posição do Centro Carter foi divulgada em um momento em que a comunidade internacional intensificou a pressão sobre a Venezuela, criticando a falta de transparência e exigindo que Maduro e o CNE divulguem as atas eleitorais. Além disso, já se passaram dois dias de protestos em massa da oposição, que afirma que seu candidato, Edmundo González, derrotou o atual presidente e candidato oficialista.

Grave violação dos princípios eleitorais

O Centro Carter investiu em 17 especialistas e observadores na Venezuela a partir de 29 de junho, com equipes baseadas em quatro cidades: Caracas, Valência, Maracaibo e Barinas.

"O fato de a autoridade eleitoral não ter anunciado resultados desagregados por mesa eleitoral constitui uma grave violação dos princípios eleitorais", afirmou.

Na declaração escrita, o Centro Carter ressaltou que os padrões internacionais não foram cumpridos em nenhuma das etapas do processo eleitoral e que este "violou numerosos preceitos da própria legislação nacional".

Também apontou que a eleição ocorreu em um ambiente de “liberdades restritas em detrimento de atores políticos, organizações da sociedade civil e meios de comunicação” e que as autoridades do “CNE mostraram parcialidade a favor do oficialismo e contra as candidaturas da oposição”.

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