As mulheres em toda a Islândia uniram-se em uma greve histórica para exigir igualdade salarial e o fim da violência baseada no género. Este movimento deixou um rastro de escolas fechadas, transportes públicos atrasados, hospitais com falta de pessoal e quartos de hotel por limpar, afetando profundamente a rotina do país.
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Até a primeira-ministra da Islândia, Katrin Jakobsdóttir, se juntou ao protesto, comprometendo-se a não trabalhar durante o dia em solidariedade à greve das mulheres, que em islandês é chamada de “kvennaverkfal”.
Os sindicatos da Islândia, que são os principais organizadores da greve, instaram mulheres e pessoas não binárias a se recusarem a realizar qualquer trabalho remunerado ou não remunerado, incluindo tarefas domésticas, durante o dia. Cerca de 90% dos trabalhadores islandeses são membros de sindicatos.
A paralisação durou o dia todo, e foi considerada a maior desde o evento original de 1975, quando 90% das mulheres islandesas se recusaram a trabalhar, limpar ou cuidar dos filhos para protestar contra a discriminação de género no país.
Embora a Islândia tenha aprovado uma lei em 1976 garantindo direitos iguais independentemente do género, a desigualdade salarial persiste.
A Islândia, uma nação com cerca de 380 mil habitantes, tem sido classificada pelo Fórum Económico Mundial como o país com a maior igualdade de género do mundo durante 14 anos consecutivos, com base em indicadores como salários, educação e cuidados de saúde.
No entanto, a luta pela igualdade continua, pois ainda persistem disparidades salariais de género, e a violência baseada no género é uma questão prioritária para o governo liderado por Katrin Jakobsdóttir.
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