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ONU revela: pobreza, desigualdade de gênero e mudanças climáticas impactarão as mulheres no futuro

Um relatório da ONU relevou que o futuro não será nada fácil para nós, mulheres

mulheres no futuro
Mulheres no futuro. Freepick

Com o avanço do movimento feminista em todo o mundo, poderíamos imaginar que o futuro seria melhor para nós, mulheres. No entanto, um relatório intitulado “Gender Snapshot 2023″, produzido pela ONU Mulheres e pelo DESA, revela que o mundo está falhando com as mulheres e as meninas.

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O relatório aponta que 8% da população feminina global (aproximadamente 340 milhões de meninas e mulheres) viverá em situação de extrema pobreza até 2030. Além disso, as próximas gerações de mulheres continuarão a gastar, em média, 2,3 horas a mais em tarefas domésticas e cuidados não remunerados, quando comparadas aos homens.

Outro dado impactante é que as mudanças climáticas podem empurrar 158 milhões de mulheres e meninas para a pobreza. Estima-se que mais de 236 milhões sofrerão com insegurança alimentar devido à crise climática.

No entanto, é possível mudar completamente esse cenário. De acordo com a ONU, os países devem investir US$ 360 bilhões por ano para alcançar o equilíbrio de gênero até 2030.

“Devemos agir agora, de forma coletiva e intencional, para corrigir o curso em direção a um mundo onde todas as mulheres e meninas tenham direitos, oportunidades e representação iguais”, afirmou Sarah Hendricks, diretora executiva da ONU Mulheres em um comunicado à imprensa. “Para alcançar esse objetivo, precisamos de um compromisso verdadeiro, soluções inovadoras e colaboração entre todos os setores e partes interessadas”, continuou.

“A igualdade de gênero não é apenas um objetivo da Agenda 2030. É a base de uma sociedade justa e um objetivo sobre o qual todos os outros objetivos devem se apoiar. Ao remover as barreiras que têm impedido a plena participação das mulheres e meninas em todos os aspectos da sociedade, liberamos o potencial inexplorado que pode impulsionar o progresso e a prosperidade para todos”, disse Maria-Francesca Spatolisano, secretária-geral adjunta para a coordenação de políticas da UN DESA.

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