O incêndio na Boate Kiss aconteceu em 27 de janeiro de 2013 na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. A boate estava lotada quando um incêndio começou a partir de um show pirotécnico que foi realizado no palco.
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O fogo se espalhou rapidamente pelo teto da boate, que era feito de espuma acústica altamente inflamável, e liberou um gás tóxico que causou a morte de muitas pessoas.
A fumaça e o pânico que se seguiram fizeram com que muitas pessoas fossem pisoteadas e sufocadas, tornando a tragédia ainda pior.
No total, 242 pessoas perderam suas vidas e mais de 600 ficaram feridas. O incêndio se tornou uma das maiores tragédias da história do Brasil e gerou uma grande discussão sobre a segurança em casas noturnas e locais de grande aglomeração.
“Eu não iria na festa aquele dia”
Kelen Ferreira é uma das sobreviventes dessa tragédia. Ela teve 18% do corpo queimado e hoje atua como terapeuta ocupacional.
Ela deu uma entrevista para o Vênus Podcast contando tudo o que aconteceu naquela noite. A jovem não iria para a festa por falta de dinheiro, mas uma colega trabalhava na Kiss e lhe antecipou o convite.
Ela estava curtindo com amigos quando tudo começou. Sem se dar conta do início das chamas, Kelen viu apenas o movimento de pessoas correndo e achou que se tratava de uma briga e também começou a correr.
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No meio do tumulto a jovem acabou ficando sozinha e conta que escorregou na frente do bar principal.
Ela ia em direção ao banheiro para tentar encontrar suas amigas, mas relata que um homem de branco a puxou pelo braço e disse: “tu não vai”.
Kelen só se deu conta de que era fogo quando chegou na porta principal e seu corpo começou a pegar fogo:
‘Dizem que a fumaça demorou 40 e poucos segundos para tomar conta da boate, acredito que foi o tempo que eu demorei para chegar na porta.”
Foi quando ela caiu ajoelhada e começou a rezar pensando em sua família. Nesse momento ela foi puxada por homem chamado Gustavo.
Ele estava entre as pessoas que ajudaram a quebrar a parede da boate e salvou muitas vidas naquela noite. Gustavo também é um sobrevivente
Outra pessoa que lhe ajudou foi um ficante da época, que fez com que ela não ficasse desacordada e a levou para o hospital.
Kelen foi a primeira pessoa a chegar em um dos hospitais da cidade. Até então, ninguém ali sabia da tragédia que estava acontecendo.
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