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Boate Kiss: Conheça a história da mulher que sobreviveu por questão de segundos

“Eu não iria na festa aquele dia”, conta Kelen Ferreira

Kelen Ferreira fala ao Vênus Podcast
Kelen Ferreira fala ao Vênus Podcast Reprodução: YouTube | Kelen Ferreira fala ao Vênus Podcast

O incêndio na Boate Kiss aconteceu em 27 de janeiro de 2013 na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. A boate estava lotada quando um incêndio começou a partir de um show pirotécnico que foi realizado no palco.

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O fogo se espalhou rapidamente pelo teto da boate, que era feito de espuma acústica altamente inflamável, e liberou um gás tóxico que causou a morte de muitas pessoas.

A fumaça e o pânico que se seguiram fizeram com que muitas pessoas fossem pisoteadas e sufocadas, tornando a tragédia ainda pior.

No total, 242 pessoas perderam suas vidas e mais de 600 ficaram feridas. O incêndio se tornou uma das maiores tragédias da história do Brasil e gerou uma grande discussão sobre a segurança em casas noturnas e locais de grande aglomeração.

“Eu não iria na festa aquele dia”

Kelen Ferreira é uma das sobreviventes dessa tragédia. Ela teve 18% do corpo queimado e hoje atua como terapeuta ocupacional.

Ela deu uma entrevista para o Vênus Podcast contando tudo o que aconteceu naquela noite. A jovem não iria para a festa por falta de dinheiro, mas uma colega trabalhava na Kiss e lhe antecipou o convite.

Ela estava curtindo com amigos quando tudo começou. Sem se dar conta do início das chamas, Kelen viu apenas o movimento de pessoas correndo e achou que se tratava de uma briga e também começou a correr.

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No meio do tumulto a jovem acabou ficando sozinha e conta que escorregou na frente do bar principal.

Ela ia em direção ao banheiro para tentar encontrar suas amigas, mas relata que um homem de branco a puxou pelo braço e disse: “tu não vai”.

Kelen só se deu conta de que era fogo quando chegou na porta principal e seu corpo começou a pegar fogo:

‘Dizem que a fumaça demorou 40 e poucos segundos para tomar conta da boate, acredito que foi o tempo que eu demorei para chegar na porta.”

Foi quando ela caiu ajoelhada e começou a rezar pensando em sua família. Nesse momento ela foi puxada por homem chamado Gustavo.

Ele estava entre as pessoas que ajudaram a quebrar a parede da boate e salvou muitas vidas naquela noite. Gustavo também é um sobrevivente

Outra pessoa que lhe ajudou foi um ficante da época, que fez com que ela não ficasse desacordada e a levou para o hospital.

Kelen foi a primeira pessoa a chegar em um dos hospitais da cidade. Até então, ninguém ali sabia da tragédia que estava acontecendo.

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