O acesso à informação nunca foi tão fácil e, ainda assim, os números de gestações não planejadas na adolescência ainda são preocupantes. No Brasil, a taxa de gestantes com menos de 17 anos é de 57%. Os números são do Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa) de 2022.
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Embora os números de gravidez na adolescência tenham caído em todo o mundo — e o Brasil segue essa tendência —, entre os países em desenvolvimento, temos um dos piores índices, comparados aos da África Subsaariana, onde a taxa passa dos 60%.
Dentre os relatos das adolescentes entrevistas, estão frases como “Na hora, não pensei em nada disso, estava no calor do momento”; “tinha toda a informação, claro, mas achava que não aconteceria comigo”; “quando somos jovens, não pensamos no depois ou nas consequências, só no agora.”
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No entanto, se os jovens estão melhor informados e métodos contraceptivos são distribuídos de maneira gratuita em postos de saúde, qual seria a solução para barrar a gravidez indesejada ou não planejada em adolescentes?
“Pesquisas originais e novos dados apontam que a vergonha, o estigma, o medo, a pobreza, a desigualdade de gênero, entre outros fatores, prejudicam a capacidade das mulheres e meninas de exercer seu direito de escolha, de procurar e obter contraceptivos, de negociar o uso do preservativo com um parceiro, ou fazer-se ouvir e buscar a realização de seus desejos e ambições”, comenta Natalia Kanem, diretora executiva do Fundo de População das Nações Unidas.
O médico hebiatra Benito Lourenço, em evento promovido pela Bayer em função do Dia Mundial da Contracepção, celebrado em 26 de setembro, ressalta a importância de aumentar o diálogo sobre saúde sexual com os jovens, e não apenas com as meninas. “Precisamos entender e aceitar que adolescentes transam — e podem engravidar. É a partir daí que o diálogo e as estratégias devem fluir, a abstinência não é um método eficaz, e é necessário falar mais sobre o assunto.”
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