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Mudanças climáticas aumentam violência contra mulheres e meninas, alerta relatora da ONU

Segundo relatório, conflitos climáticos deixam meninas e mulheres mais expostas a violências como abuso sexual e tráfico humano

Mudanças climáticas aumentam violência contra mulheres e meninas, alerta relatora da ONU
Mudanças climáticas aumentam violência contra mulheres e meninas, alerta relatora da ONU (Foto: Reprodução/Twitter UN Special Procedures)

Um relatório da ONU (Organização das Nações Unidas) divulgado no último dia 4, detalhou as vulnerabilidades enfrentadas por meninas e mulheres em meio a crise climática, bem como as medidas que devem ser implementadas para garantir segurança e proteção para esse grupo em meio a desastres ambientais.

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Segundo Reem Alsalem, relatora especial sobre violência contra mulheres e meninas da ONU, a degradação do meio ambiente está desencadeando diversos fenômenos econômicos e sociopolíticos que vulnerabilizam mulheres. Entre eles, estão principalmente a escassez de recursos, conflitos armados e necessidade de deslocamento e migração.

Esses pilares podem causar desde o aumento do tráfico de mulheres e violência sexual até maior dificuldade de atingir a independência financeira devido a sobrecarga de tarefas domésticas, alerta o relatório. Além disso, estudos apontam que as mulheres têm 14 vezes mais chances de morrer em catástrofes climáticas em comparação aos homens.

“A mudança climática não é só uma crise ecológica, mas fundamentalmente uma questão de justiça, prosperidade e igualdade de gênero intrinsecamente ligada e influenciada pela desigualdade e discriminação estruturais”, aponta Alsalem à ONU. Além de reforçar violências já existentes, a situação pode resultar no surgimento de novos tipos de violações derivadas da crise ambiental.

“Quando desastres de início lento ou súbito atingem e ameaçam os meios de subsistência, as comunidades podem recorrer a mecanismos de enfrentamento negativos, como tráfico, exploração sexual e práticas nocivas como casamento precoce e infantil e evasão escolar; todos os quais forçam mulheres e meninas a escolher entre opções de sobrevivência imbuídas de risco”, acrescenta.

Entre outros riscos estão o aumento de incidência de violência psicológica e sexual dentro de lares ou abrigos emergenciais; maior possibilidade de estupros em deslocamentos por áreas desconhecidas; exploração sexual como forma de conseguir recursos naturais como água e combustível; maior separação familiar; e falta de acesso à educação.

De acordo com o levantamento, existem grupos específicos de mulheres e meninas que estão mais vulneráveis. São elas: indígenas; de diversas identidades de gênero e orientações sexuais; mulheres mais velhas; mulheres com deficiência; mulheres em situação de extrema pobreza; mulheres obrigadas a se deslocarem à força; e defensoras de direitos humanos e ambientais.

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Alsalem aponta que as mudanças climáticas também impactam a eficácia de mecanismos que se responsabilizam pela proteção de mulheres e meninas, o que enfraquece a prevenção da violência de gênero.

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