A mãe e estudante de medicina veterinária da cidade de Goiânia, Isadora Kelwen Santana, 26, relatou em suas redes sociais um episódio que a fez se sentir “humilhada e impotente”. No final do mês de abril, a jovem se revoltou após ser impedida de entrar na faculdade porque estava junto com a filha Iasmin, de 1 ano e 4 meses. O caso aconteceu na UniGoiás.
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Em um vídeo de desabafo, publicado em sua conta no Instagram, Isadora contou que o segurança da universidade barrou a entrada das duas. “Não me deixaram entrar na faculdade, porque eu estou com a minha filha pequena, e eu não tenho com quem deixá-la. A opção que o segurança me deu foi deixá-la sozinha aqui fora, vê se tem cabimento?”, revoltou-se a mãe.
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Isadora contou, ainda, que iria participar de uma palestra. “Agora eu não vou poder participar, porque não me deixam entrar”, lamentou. “Eu sou mãe, aluna, pago a faculdade e quero deixar registrada a minha indignação. É difícil ser mãe e precisar estudar”, concluiu ela. SAIBA MAIS Em entrevista à CRESCER, a mãe ressaltou que se sentiu humilhada após ter sido impedida de entrar na universidade com a criança. “Eu fiquei muito nervosa na hora. Me senti muito impotente, constrangida e humilhada por não poder acessar a universidade. Me senti incapaz, por estar passando por aquela situação e não ter o que fazer”, lamentou.
Depois de ser impedida de entrar, Isadora ficou andando pelo lado de fora da universidade com a filha, esperando pelo marido. “Eu liguei para ele chorando, pedindo para ele vir me buscar. Ele desmarcou um compromisso e veio nos levar para casa. Mas, ainda ficamos cerca de meia hora andando por ali”, relatou.
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A mãe contou, ainda, que a instituição não a procurou posteriormente e não ofereceu nenhum tipo de apoio ou esclarecimento. “O coordenador do meu curso está tentando nos ajudar e levou algumas propostas para a diretoria da universidade. Mas a instituição em si não fez nada”, declarou.
Isadora usou sua conta no Instagram para divulgar o vídeo de desabafo de outra mãe, que passou por uma situação parecida. Nesse relato, a estudante Thainara, que frequenta a mesma faculdade, contou que foi impedida de entrar com o filho de 8 anos. De acordo com Isadora, essa é uma situação comum entre as mães que estudam na universidade. “Nós fizemos um grupo de mães da UniGoiás. Duas mães já deram seus relatos e mais uma foi impedida, esta semana, de entrar com o filho de 2 meses”, lamentou ela.
Em um comunicado publicado nas redes sociais, a UniGoiás confirmou que não permite a entrada de crianças, e justificou que a medida ocorre por questões de segurança. “Nossas instalações estão preparadas para cumprir o seu objetivo de ensino e não estão adequadas a receber crianças, o que se ocorrer, irá interferir nas atividades e pode colocar em risco a integridade de crianças nesse ambiente”, diz a nota.
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