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Mulheres pretas grávidas e puérperas recebem menos vacinas da covid-19

Levantamento constatou que a cada 20 doses de reforço aplicadas em gestantes e puérperas, apenas 1 foi destinada a mulheres pretas

Mulheres pretas recebem menos doses do imunizante (Foto: Reprodução)

O Brasil tem avançado na vacinação contra a covid-19, o que tem nos permitido voltar às nossas atividades e convívio como era antes da pandemia. No entanto, a distribuição de doses do imunizante não tem sido feita de maneira igualitária e mulheres pretas grávidas e puérperas estão recebendo menos doses de reforço da vacina.

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De acordo com um levantamento feito pelo Observatório Obstétrico Brasileiro, a cada 20 doses de reforço aplicadas em gestantes e puérperas, 8 foram destinadas a brancas, 5 a pardas e 1 a pretas. Ainda segundo a organização, gestantes e puérperas brancas já estavam super-representadas entre aquelas que completaram o primeiro ciclo de imunização e com a dose de reforço isso não mudou.

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Vale lembrar que o Ministério da Saúde recomenda que todas as gestantes e puérperas recebam o reforço contra a covid-19 a partir de 5 meses após a conclusão do primeiro ciclo de imunização.

Outros dados

Em seu último boletim, divulgado no dia 10 de março, o Observatório Obstétrico Brasileiro apontou que nas 9 primeiras semanas epidemiológicas de 2022, o Brasil registrou 2.269 casos e 34 mortes de gestantes e puérperas por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causadas pela covid-19.

No geral, entre março de 2020 e 9 de março de 2022, o país registrou 21.598 casos e 2.012 mortes por covid-19 grave entre gestantes e puérperas. Outros 16.431 casos e 415 mortes por SRAG não especificada também podem ser resultado do contágio por SARS-CoV-2, afirmou a instituição.

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A falta de infraestrutura para atender as pacientes também foi um fator que pesou no cenário ainda mais preocupante com relação as grávidas e puérperas infectadas com o coronavírus. Desde o início da pandemia, 1 de cada 5 gestantes e puérperas mortas pela doença não teve acesso à UTI e 1 de cada 3 não teve acesso à intubação. Em relação à vacinação geral, 59% das gestantes e puérperas tomaram a 1º dose e 41% 1ª e 2ª dose (ou dose única).

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