O mundo de trabalho pode, às vezes, pode não ser muito receptivo com as mulheres. Apesar de ter conquistado o direito ao trabalho e à independência financeira, elas ainda ganham cerca de 30% a menos que os homens para exercerem as mesmas funções.
ANÚNCIO
Fora isso, as mulheres ainda estão mais sujeitas ao assédio no ambiente de trabalho, além de terem suas posições questionadas com mais frequência por conta da maternidade ou por sua competência com o trabalho, o que pode levá-las a procurar por ajuda psicológica profissional com uma frequência maior que os homens.
Leia mais: Saúde mental: 3 sinais que você precisa buscar ajuda profissional urgentemente
Dados levantados pela plataforma de saúde mental, Vittude, que reúne profissionais de psicologia e atende funcionários dentro das empresas, revelou que 29% das mulheres buscaram terapia por estarem com dificuldades de lidar com questões emocionais, familiares e/ou trabalho, apresentando sintomas como depressão, ansiedade e pânico.
A empresa, atende mais de 500 vidas com seus serviços, sendo que deste total, 70% correspondem ao gênero feminino. E, apesar de historicamente, as mulheres terem salários menores que os homens, para elas a barreira financeira para fazer terapia é menos relevante do que para eles, o que mostra que a questão da saúde mental é um cuidado mais valorizado pelas mulheres e que este é um assunto tratado com mais naturalidade por elas. Os dados foram reunidos entre os anos de 2019 e 2021.
Outros recortes
Um levantamento sobre a percepção da população paulistana em relação ao racismo e as consequências da discriminação no cotidiano da população negra na cidade, feito pela Rede Nossa São Paulo em parceria com o Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), mostrou que a desigualdade social é o fator que mais contribui para desencadear ou agravar problemas de saúde mental na população negra para 49% da população.
Leia mais: Paulistanos acreditam que desigualdade afeta saúde mental da população negra
ANÚNCIO
Segundo a edição de 2021 da pesquisa Viver em São Paulo: Relações Raciais, divulgada no início do ano, o medo constante de sofrer abuso ou violência policial, apontado por 45% dos entrevistados e o medo constante de sofrer discriminação ou preconceito racial e não saber como lidar, citado por 42%, também são fatores que interferem na saúde mental. Outros 47% dos paulistanos disseram que a pandemia também teve impacto maior sobre o trabalho e a capacidade de gerar renda das pessoas negras.
⋅ ⋅ ⋅
Siga e compartilhe
Você gostou deste conteúdo? Então siga a NOVA MULHER nas redes sociais para acompanhar mais novidades e ter acesso a publicações exclusivas: estamos no Twitter, no Instagram e no Facebook.
Aproveite e compartilhe os nossos textos. Seu apoio ajuda a manter este site 100% gratuito. Cada contribuição é muito valiosa para o trabalho da nossa equipe de redatores e jornalistas.