Algumas situações sem encaixam muito bem e fazem a jus a alguns ditados populares. No caso do ‘Festival Xama’, que aconteceu em Paraty no final de 2021 a expressão “rir para não chorar”, nunca fez tanto sentido e nós vamos te contar porquê.
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Há alguns dias começaram a surgir na internet imagem e depoimentos de pessoas que compareceram a um festival de música eletrônica na cidade de Paraty. O problema, no entanto, é que a festa ficou famosa por apresentar verdadeiras imagens de caos e lama. A ‘Xama’, é uma festa que já acontece há algum tempo, sempre no final de ano, com festas ao longo de toda a semana e que celebra o réveillon em cidades praianas. Nos últimos anos, a festa aconteceu no nordeste.
Em Paraty o festival era dividido em três “ambientes”: festas em um hostel da cidade, festas em barcos, as chamadas boat party, e festas em uma praia um pouco mais afastada do centro histórico e que tinha acesso por meio de uma trilha, o Bar da Praia. Esse último local contava com um grande gramado, bar que dava acesso a praia e uma tenda onde os DJs se apresentavam. Foi nesse mesmo espaço onde aconteceu a festa da virada e que aparece nas imagens compartilhadas.
De acordo com depoimentos publicados nas redes sociais e entrevistas de quem esteve presente, o festival, que prometia vários dias de música boa, praia, gente bonita e animada, não foi nada como esperado. Um dos principais problemas relatados, foi a forte chuva que atingiu a cidade de Paraty entre os dias 27 de dezembro e 2 de janeiro (dias em que aconteceria o festival).
Os presentes relatam ainda que a organização do evento não ofereceu muitas alternativas aos problemas da chuva. Com uma trilha de acesso que se tornou perigosa e falta de cobertura no Bar da Praia, o local se tornou logo um grande campo de lama.
Fora a questão climática, participantes da festa relatam também problemas que nada tinham a ver com a questão climática, como festas canceladas sem muitas explicações ou atrasos nas atrações. Outros pontos destacados foram o baixo número de banheiros e de lugares para lavar as mãos, e a falta de copos para a festa open bar do réveillon (participantes contam que os bartenders tiveram que servir bebidas em garrafas de água cortadas ao meio).
Na internet, o pessoal não perdeu tempo e começou logo a transformar a situação em piada e a comparar a ‘Xama’ ao ‘Fyre Festival’, em referência ao festival nas Bahamas que, em 2017, ficou conhecido por “perrengues” na organização e ganhou uma série documental de mesmo nome na Netflix.
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O que dizem os organizadores do evento
Em post publicado na conta do Instagram da ‘Xama’, os organizadores dizem estar cientes de todos os contratempos e entraves durante e festival e que a estrutura do evento foi impactada pelo volume “inesperado” de chuvas que atingiu Paraty durante aqueles dias.
Em entrevista ao UOL, a produção afirma ainda que “apesar disso (das chuvas), fizemos os devidos ajustes durante o evento (o que foi ampla e devidamente divulgado em nossas redes sociais) para possibilitar a melhor experiência possível diante da intensidade das adversidades alheias à nossa vontade, tanto que boa parte das festas programadas transcorreram normalmente. Além disso, transformamos algumas festas em open bar, já como forma de compensação para o público”, argumentou a produção ao site.
Sobre a falta de copos no dia 31, a organização explicou que “uma quantidade grande de copos biodegradáveis de papel foi danificada pela chuva. Além disso, transformamos algumas festas em open bar, já como forma de compensação para o público.”
Ainda de acordo com os responsáveis pelo festival, a trilha de acesso às festas afastadas do centro era o único acesso à praia onde seriam realizados alguns dos eventos, e foi extremamente danificada pelas chuvas.
Os responsáveis pela ‘Xama’ disseram ainda que irão realizar o reembolso dos convites para as pessoas que sentiram lesadas com contratempos e problemas que ocorreram durante o festival.
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