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Feminicídio: 1 em cada 6 mulheres já sofreu tentativa, revela pesquisa

Estudo feito pelo Instituto Patrícia Galvão e Locomotiva, aponta ainda que 57% dos entrevistos conhece alguma mulher que já ameaçada por parceiro ou ex

Feminicídio é o termo utilizado para o assassinato de mulheres pelo fato de serem mulheres, normalmente reconhecido pelo agravamento da violência doméstica sofrida por milhares de mulheres em todo o país. Este tipo de crime ganhou tipificação penal em 2015, o que ajudou a reconhecer e expor este problema em nossa sociedade.

A pesquisa ‘Percepções da população brasileira sobre feminicídio’, realizada pelo Instituto Patrícia Galvão em parceria com o Instituto Locomotiva e divulgada nesta terça-feira, 23, revela que 30% das mulheres já foram ameaçadas de morte pelo parceiro ou ex, 57% dos brasileiros conhecem alguma mulher que foi vítima de ameaça de morte pelo atual parceiro ou ex, 37% conhecem uma mulher que sofreu tentativa ou foi vítima de feminicídio íntimo e uma em cada seis já sofreu tentativa de feminicídio.

Ao comentar os dados da pesquisa, Jacira Melo, diretora executiva do Instituto Patrícia Galvão, destaca que “a maioria da população reconhece a gravidade do feminicídio no país e tem a percepção de que esse crime tem aumentado nos últimos 5 anos, especialmente em função da impunidade: 92% dos entrevistados consideram que os homens que praticam violência doméstica contra as parceiras sabem que isso é crime, mas continuam a agredir porque acreditam que não serão punidos. Ao mesmo tempo, 90% apontam que se a vítima contasse com o apoio do Estado ela se sentiria mais segura para denunciar e sair da relação violenta. Então, o que precisamos são políticas públicas que garantam acolhimento para as mulheres e responsabilizem os agressores. Só assim pode-se evitar o feminicídio”.

O momento da separação é considerado por 49% dos entrevistados, como o mais perigoso para as mulheres vítimas. Outro ponto de destaque, é sobre a percepção sobre o local do crime. Para 9 em cada 10, o local de maior risco de assassinato de mulheres é dentro de casa, por um parceiro ou ex. Levantamentos apontam que os casos de violência doméstica aumentaram durante a pandemia, com as mulheres ficando mais em casa com seus agressores. No próximo dia 25 é celebrado o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres.

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