Dani Moraes Brum, escritora e presidenta do PSOL Petrópolis, decidiu desabafar sobre sua experiencia de parar sozinha em casa e em frente de seu companheiro. Ela conta que não foi uma decisão sua, mas que estava dilatada há dias e que da primeira contração até o nascimento foram apenas 20 minutos.
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“Depois do meu relato de parto recebi várias perguntas sobre como foi parir na frente do meu companheiro e se eu não tive vergonha (lembrando que ele me viu parindo DUAS vezes)”, começa o relato.
Ela enfatizou as condições biológicas e naturais que envolvem o parto. “E eu queria lembrar aqui que parto envolve sangue, vômito, fezes, suor, xixi, grito e xingamentos também. Parir é fisiológico e a última coisa que eu deveria estar preocupada naquele momento era com fezes, eu estava parindo na minha casa, concentrada em colocar em prática tudo que li e assisti sobre parto, eu estava sozinha com o Philippe e Benício, precisava pensar nas nossas vidas, essas foram as condições que a vida, sei lá o motivo, nos colocou”, explica.
Dani ainda lembra que não sentiu vergonha de parir na frente do seu companheiro.
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“Não escolhi parir em casa, a vida me colocou nessa situação e eu precisava encarar aquele momento com a racionalidade que ele precisava. E eu entendo que temos vergonha de certas coisas, mas meu corpo não era problema, estar pelada não era problema, nada ali era problema, o único problema seria eu me apegar a esse tipo de coisa e esquecer do que realmente importava naquele momento e podem ter certeza, mesmo em um parto hospitalar ou com equipe domiciliar, é importante estarmos conectadas com nossos corpos. Se o meu companheiro se importasse com fezes, xixi ou vômito (e eu vomitei muito: foi ele mesmo que limpou), seria ele o cara que deveria estar ao meu lado? Seria ele o homem com quem eu deveria me envolver? Isso diria muito mais sobre ele do que qualquer outra coisa. Isso tudo envolve ter um filho e se esse homem não estivesse preparado para ver uma mulher nessas condições, ele não seria o homem ideal para mim. Mulheres fodas, merecem homens de verdade ao lado delas. NÃO ACEITEM MENOS QUE ISSO.!”.
Ela finaliza comentando que não recomenda que as pessoas remitam isso em casa. “Jamais tentem repetir isso, o ocorrido não foi planejado, eu estava há dias em pródromos e, por isso, meu parto foi muito rápido. Eu provavelmente estava dilatando há dias, no dia que ele nasceu da primeira contração até o nascimento, foram 20 minutos, literalmente. Parto precisa de assistência, você pode optar por domiciliar, desde que tenha uma equipe capacitada para te acompanhar”, finaliza.
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