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Mulher diz que fundador das Casas Bahia a estuprou na infância: “Prometia doces”

A mulher, que não quis ser identificada, diz que aos 11 anos foi estuprada pelo fundador das Casas Bahia que era conhecido pelas crianças como “tio das Casas Bahia”

Crédito: Folha de SP

Uma mulher de 37 anos que trabalha como empregada doméstica luta na justiça por reparação e danos morais contra Samuel Klein, fundador das Casas Bahia. Ela alega que ele a estuprou aos 11 anos.

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A mulher comenta que nesta idade foi apresentada para Samuel por uma prima que o conhecia como “tio das Casas Bahia”.

Em entrevista ao Jornal Folha de SP, ela comenta que muitas pessoas frequentavam a casa do fundados e conheciam histórias de que ele dava muitas coisas.

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“Um dia, me chamaram para ir junto. O que eu mais queria era uma bicicleta. E foi por aí que ele me pegou. Elas falaram: ‘Vamos lá que o tio das Casas Bahia te dá’. Foi assim que conheci Samuel Klein”, conta.

Ela detalha que um taxista a buscou com outras duas meninas, uma de 10 anos e a outra de 16.

“Quando chegava lá, uma mulher induzia (sic) a gente até um escritório, onde tinha um quartinho reservado, com uma maca no fundo. Tinha também bonecas, brinquedos. Parecia uma brinquedoteca. Ele falou pra mim: ‘O titio vai dar para você a bicicleta’”, detalha.

“Ele entrou com uma bike roxa com cestinha. Pequena. Do meu tamanho. Fiquei superfeliz. Eu me assustei quando vi que era um velho. Mas ele tinha uma lábia grande para seduzir as crianças. ‘Vem cá, o titio vai te dar um doce’, ele dizia”, conta.

A mulher revela que neste dia ocorreu o abuso. “Só não sabia direito o que ele ia fazer depois. Até que o velho pediu para a gente mostrar o corpo. Achei estranho, mas acabei fazendo. Estava todo mundo rindo, brincando. Desde os meus 9 anos, eu tinha um corpinho de moça. Menstruei nessa idade. Já tinha peitinho. O tio cresceu o olho. Ele escolhia as meninas que queria”, relata.

Ela também conta que continuou participando de festas da casa de Samuel. “Quando chegava para as festas, lá tinha um monte de biquínis e fantasias de bailarina, de princesa. Era muito estranho, mas a gente gostava. Escolhia uma para vestir e ficava dançando, brincando. Ali mesmo aconteciam as orgias. Era horrível”, diz.

“Comecei a perceber que não era uma festa de criança, mesmo tendo guaraná, bastante doce e chocolate. Tinha também bebida alcoólica, champanhe, uns rapazes fazendo drinks”, detalha.

O que diz a justiça

A ação dela foi julgada improcedente na primeira e na segunda instâncias. Contudo, há um último recurso que será julgado no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O caso perdeu o prazo de prescrição  e a tese de incapacidade parcial da vítima não foi aceita nos tribunais inferiores.

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