À medida que o tempo passa, mais e mais comportamentos passivo-agressivos estão sendo descobertos nas relações interpessoais, o que permite que as pessoas se tornem mais conscientes e enfrentem esse tipo de situação, muitas vezes desconhecida por aqueles que estão sofrendo, como é o caso do ‘back-burner’.
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Este comportamento dentro de um relacionamento de casal refere-se a quando um dos dois deixa o outro em segundo plano, em uma constante expectativa que nunca se concretiza, não se envolve em um relacionamento sério, mas também não deixa a outra pessoa seguir em frente e viver ao lado de outra. Claramente, isso é um sinal vermelho de alerta.
A pessoa afetada está sempre esperançosa e aguardando algum tipo de sinal por parte de seu parceiro para continuar construindo um vínculo afetivo, que na realidade está sendo criado apenas de um lado, o que acaba levando a um relacionamento tóxico de namoro ou casamento.
Esse tipo de comportamento prejudicial pode gerar angústia emocional, como afirmou a psicoterapeuta Jade Thomas, da Associação Britânica de Aconselhamento e Psicoterapia, em um artigo publicado na revista Magas: "Relacionamentos que são negligenciados podem causar angústia emocional para os envolvidos, fazendo com que a parte da relação que recebe se sinta negligenciada, insegura ou usada".
Thomas indicou que o aumento de relacionamentos tóxicos tem aumentado ao longo dos anos e atribuiu isso ao fato de que as prioridades mudaram no momento de cortejar alguém: "Os encontros modernos, aqueles por meio de aplicativos de encontros e redes sociais, são responsáveis por mudar a forma como as pessoas desenvolvem relacionamentos".
Além disso, ele acrescentou: “As pessoas têm medo de perder algo melhor, quase sentindo que precisam de algum tipo de segurança, o que pode promover relacionamentos em segundo plano”.
Como saber se você está em um ‘segundo plano’
Há alguns sinais aos quais se deve prestar atenção, para sair dessa situação e procurar alguém que esteja realmente comprometido em formar um relacionamento sólido e estável, onde ambos estejam em primeiro plano. Estes são:
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1. Um contato intermitente: As pessoas envolvidas em relacionamentos de ‘segundo plano’ simplesmente não têm certeza de quando receberão a atenção de que precisam como ‘casal’, já que o agressor passivo tem contatos físicos esporádicos e se distancia por longos períodos.
2. As prioridades não são as mesmas: embora seja verdade que não é vital que tenham os mesmos objetivos para se unirem, também é verdade que essas pessoas dão mais importância às suas prioridades.
3. Zero compromisso: muitas pessoas afirmam abertamente que não desejam estabelecer um compromisso, mas também não permitem que a outra pessoa siga em frente, pois quando ela se afasta, lhe dá toda a atenção e esperança que não deu por tanto tempo.
Como sair desse relacionamento
Os especialistas recomendam, em primeiro lugar, reconhecer e aceitar que não é a prioridade e que é necessário procurar um relacionamento em que você é a prioridade. Além disso, estabelecer limites através de um diálogo aberto no qual se indique ao agressor que, se não estiver disposto a se comprometer, pode seguir o seu caminho, pois é importante lembrar que o mais importante sempre será o bem-estar emocional e mental, sentir-se valorizada.
É importante contar com amigos e familiares, bem como especialistas, se sentir que a situação está saindo do controle. E, por fim, é fundamental ser firme nas decisões, pois é importante respeitar a palavra e o compromisso que se faz consigo mesma.