A vida a dois, assim como a vida em geral, não é linear, é como uma aventura em montanha-russa, que exige adaptação e sempre procurar maneiras de lidar com os momentos mais difíceis, que geralmente terminam em discussão. Acordos fazem parte das medidas para alcançar equilíbrio, no entanto, há muitas pessoas que, apesar de terem chegado a um consenso, são incapazes de cumpri-lo.
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A reconhecida psicoterapeuta especializada em relacionamentos amorosos, familiares, sexologia e diversidade sexual, Nilda Chiaraviglio, deu uma importante lição sobre como lidar com esse tema que é muito comum quando se convive com outra pessoa. No entanto, em seu canal do Youtube, ela esclareceu primeiro o que é um acordo, pois afirmou que muitos tendem a confundi-lo com estabelecer imposições e limites, quando na verdade não é assim.
"Os acordos são diálogos abertos e consensuais, entre duas pessoas que trocam pontos de vista para chegar a um mesmo fim, onde ambos estejam satisfeitos com o lugar em que chegaram. (...) É entender as razões de ambos e chegar a um ponto em comum. É abrir o assunto e para fazer isso devem ter a segurança interna de que serão ouvidos e levados em consideração para a decisão final", explicou a doutora.
Agora, tendo em conta o anterior, destacou que, quando os termos acordados não são realmente bons individualmente, eles vão se quebrar; é por isso que os acordos muitas vezes costumam ser bastante frágeis e não são cumpridos. Além disso, ressaltou que uma vez que um consenso é alcançado entre as partes, não é permitido recuar.
O que fazer quando os acordos não são respeitados
Chiaraviglio comentou que quando os pactos são quebrados, impor-se não é a solução mais ideal, porque não funciona, o que gera resistência por parte da outra pessoa, apatia e não ser levado a sério. Então, a partir de sua experiência, sugeriu três ações assertivas: estabelecer limites, mas não para quem não cumpre, e sim para si mesmo; fazer um tempo fora responsável; e cumprir sua palavra.
"Nós nos colocamos em nossa conduta porque nós sim podemos nos ouvir", e exemplificou: "Se ele gritar ou aplicar algum tipo de violência passiva, é preciso dizer: 'Olha, nessas condições eu não vou conversar (limite). Estou muito interessado no assunto (tempo limite), mas vou me retirar. Te convido para jantar no domingo, quando estivermos mais tranquilos para conversar. Marcar uma data para conversar, levantar-se e deixar a pessoa. (Depois cumprir com o 'jantar')."
Ele observou que se trata de comunicar o limite que você estabelece e depois cumprir a promessa de voltar para conversar, assim mostrando que você assume a responsabilidade que isso acarreta. É vital que as três ações sejam concretizadas porque: “se eu não respeitar a minha palavra, não a dignifico, por que outra pessoa a dignificaria”.
