Ao longo dos nove meses de gravidez, as mulheres começam a sentir afeição pelo seu bebê sem o conhecer, graças à segregação de oxitocina, mais conhecida como ‘hormônio do amor’.
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No entanto, quando finalmente nasce, é verdade que sentem amor à primeira vista pelo seu bebê? A resposta é sim e não. Na verdade, depende, pois cada mãe tem uma experiência diferente.
Durante o aguardado primeiro contato, algumas mães vivenciam uma espécie de paixão ao ver seu bebê pela primeira vez. O amor que sentem por seus pequenos surge apenas ao olhá-los.
No entanto, muitas mulheres não sentem nada disso e isso não significa que não amem seus bebês. O que acontece é que o amor que experimentavam durante a gestação era por um ser idealizado.
Agora, é hora de amar alguém que, embora tenha crescido em seu ventre, acabaram de conhecer. Mas por que algumas mães se apaixonam à primeira vista por seus bebês e outras simplesmente não?
A razão pela qual nem todas as mães se apaixonam à primeira vista por seu bebê
A psicóloga Isabella Visconti falou sobre isso em uma recente entrevista ao El Heraldo de México. "É uma das expectativas mais romantizadas da maternidade", comentou a especialista ao meio de comunicação.
"Acreditamos que vamos a receber nosso bebê e que, porque ele cresceu em nosso ventre, a conexão será imediata, mas nem sempre é assim, há mulheres que vivem isso (...) e há mulheres que não", disse.
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Segundo Visconti, há algo que determina se esse "amor à primeira vista" ocorrerá ou não: os hormônios, principalmente a oxitocina, mas também outros que são segregados no parto e nos primeiros minutos após o nascimento.
Por isso, o primeiro contato é decisivo para a mãe e o bebê. Os primeiros segundos de vida do bebê devem ser respeitados, pois muitos hormônios são liberados nesse período e o vínculo começa a ser formado.
No entanto, a especialista em saúde mental perinatal e materna afirmou que se uma mãe não experimenta esse amor à primeira vista, não significa que nunca amará seu bebê.
Assim como com outro ser humano, o vínculo se fortalecerá com o tempo. "A oxitocina é a responsável por nos conectarmos, é segregada no momento do parto e da amamentação", explicou.
“Com o ato de nos apegarmos ao nosso bebê, ver suas necessidades e ter a capacidade de responder a elas, a oxitocina é liberada e esse vínculo é formado”, apontou.
Como fortalecer o vínculo entre mãe e bebê?
Apesar de terem isso claro, algumas mães sentem culpa por não terem se apaixonado por seus filhos à primeira vista; no entanto, a especialista ressalta que não devem se sentir mal a respeito.
Cada mãe vive suas etapas de forma diferente e a perinatal é especialmente uma em que muitos momentos são romantizados, mas ao vivenciá-los percebem que tudo é diferente e pessoal.
Em relação aos laços entre mãe e filho, cabe a cada mãe fortalecer o vínculo com seu bebê. Para isso, existem algumas ações que podem ser feitas e que ajudarão muito a se conectar.
Atividades como amamentar ou dar mamadeira ao bebê; ninar até acalmá-lo ou fazê-lo dormir; trocar fraldas e roupas; carregá-lo com um sistema de porte e também fazer contato pele a pele.
De acordo com a fonte mencionada anteriormente, ao se envolver no cuidado e na criação da criança, tanto o amor mais profundo quanto a conexão mãe-bebê se desenvolverão de forma inconsciente.