Atualmente, existem muitos termos usados para definir esses comportamentos em relacionamentos amorosos que são tóxicos, que não constroem, mas pelo contrário, afetam a autoestima do afetado. Um desses é o ‘pocketing’, embora o termo seja bastante novo, sua prática não é.
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Trata-se de um comportamento em que uma das partes não quer mostrar aos outros que está em um relacionamento amoroso. A psicóloga e especialista em autoestima, ansiedade e relacionamentos familiares, Violeta Guber, explica no podcast ‘Bien con Lourdes’ que em inglês, ‘pocket’ significa bolso e é usado para definir o fenômeno em que o parceiro não inclui o outro em seu círculo social.
"É quando ele não te mostra para sua família, nem mesmo quer se mostrar publicamente com você em nenhum lugar, buscando ter um círculo separado do resto de sua vida", detalhou a especialista. Ela afirmou que no início de um relacionamento isso pode ser normal, pois pode haver falta de comprometimento de uma das partes, mas com o passar do tempo isso deveria desaparecer.
Gunber detalhou que, embora não haja um tempo estimado para que seu namorado te apresente aos amigos ou família, há algo a se ter em conta: "O termômetro está em suas mãos. Quando você sentir que não está sendo valorizada, que não está ocupando o lugar que deseja na relação de casal", é nesse momento que você deve tomar medidas a respeito.
Algumas das sinais às quais se deve estar atenta é quando ele sempre arranja desculpas para te apresentar ao seu círculo social, nas redes sociais você é a grande ausente, ninguém sabe que ele tem um relacionamento contigo, ele não fala de você para ninguém e evita a todo custo te apresentar a alguém conhecido ou, simplesmente, não te apresenta como sua parceira.
Também explicou que muitas vezes se costuma esconder a namorada devido a diferentes interesses, como por exemplo: um quer que seja algo sério e o outro apenas casual, também porque existe uma forte e marcada discriminação que nasce no seio familiar, então o casal se esconde com medo de enfrentar a família.
"Há diferenças socio-culturais, econômicas. Às vezes, a orientação sexual também desempenha um papel determinante, porque sua preferência sexual não é aceita. Há muitos fatores que podem estar causando o pocketing", disse a psicóloga.
Diante disso, ela recomenda conversar: “O problema está em não explicar e não ouvir”. Acrescentou que as vítimas costumam sentir uma angústia tremenda porque têm medo de falar ou de trazer isso à tona, por medo de perder o outro quando na realidade o outro não está. Não é um medo real.
