Comportamento e Relacionamento

Não deixe que te manipulem mais: como enfrentar as ‘migalhas emocionais’

Essas pessoas costumam dar sinais intermitentes de amor que não estão ligados a nenhum compromisso; fazem o chamado ‘breadcrumbing’

Que no te manipulen más: Cómo hacerle al “breadcrumbing” o migajas emocionales
Não deixe que eles manipulem mais você: como lidar com 'migalhas emocionais' Não deixe que eles manipulem mais você: como lidar com 'migalhas emocionais' (Freepik)

Um relacionamento é um compromisso, seja aberto ou fechado, no qual as partes envolvidas concordam em respeitar as condições. Como seu parceiro, você vai conhecendo à medida que o tempo passa, sabe o que esperar, mas para alguns isso é completamente desconhecido, porque às vezes podem receber todo o amor do mundo, mas outras vezes, nenhuma atenção.

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São constantes sinais sociais, mas no fundo isso não significa profundidade no relacionamento. Parece que você está recebendo amor aos poucos ou migalhas, o que acaba afetando a segurança e a autoestima. Isso é conhecido como ‘breadcrumbing’.

O professor de Psicologia da Universidade Castilla-La Mancha, na Espanha, Raúl Navarro Olivas, contou à BBC que "é um padrão de comportamento no qual uma pessoa demonstra interesse em outra de forma intermitente, mas constante, sem ter a intenção real de se comprometer emocionalmente ou estabelecer um relacionamento formal".

"No breadcrumbing, há um padrão de recompensar a outra pessoa, oferecendo algum tipo de contato e depois dando algo negativo ou o silêncio", afirma Navarro Olivas.

Enquanto a Ph.D. em Psicologia pela Universidade Estadual da Califórnia, Kelly Campbell, observa que “é uma tática de manipulação emocional projetada para fazer alguém depender de você”.

Quais são os sinais de alerta

1. Não há grande interesse em se reunir

Os breadcrumbers, como são conhecidos esses manipuladores, costumam fazer grandes compromissos, mas no último minuto os cancelam ou simplesmente a deixam plantada. Além disso, costumam ficar ausentes por um longo período.

2. Você não sabe o que são

De acordo com Campbell, uma das principais bandeiras vermelhas é não saber exatamente que tipo de relação você tem, se são apenas amigos, amigos com benefícios, se têm um relacionamento aberto ou se você é a namorada dele, já que as ‘migalhas de amor’ que ele oferece são esporádicas e, acima de tudo, imprevisíveis.

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3. Amorosos e indiferentes

Amorosos e indiferentes são dois estados emocionais opostos. O amoroso é aquele que expressa afeto, carinho e cuidado pelo outro. Ele se preocupa com o bem-estar dos demais e busca estabelecer conexões emocionais profundas. Por outro lado, o indiferente é aquele que não demonstra interesse ou preocupação pelos sentimentos dos outros. Ele é distante e frio, não se importando com as necessidades emocionais alheias. Essas duas posturas podem influenciar significativamente os relacionamentos interpessoais e a forma como nos relacionamos com o mundo ao nosso redor. É importante cultivar o amor e evitar a indiferença, pois o amor é capaz de promover a felicidade e o bem-estar de todos.

Esses manipuladores, Navarro os descreve como pessoas que "precisam de validação, reforço dos outros, mas têm dificuldades em fazer conexões emocionais. (...) Essas dificuldades não justificam seu comportamento. Mas fazem com que se encaixem mais na ideia do breadcrumbing, de que precisam dos outros, mas têm problemas para se conectar emocionalmente".

"Evitam o compromisso porque isso lhes causa ansiedade ou estresse. Também pode estar relacionado ao apego ansioso, que ocorre quando alguém estabelece um vínculo de dependência emocional com outra pessoa, mas tem medo de fracassar em um relacionamento ou ser abandonado", destaca o especialista.

Como lidar com isso

Campbell aconselha começar estabelecendo limites, a partir do amor próprio como base: “você dá o exemplo de como os outros devem a tratar, então não tolere um tratamento ruim. Você merece alguém que esteja disposto a te oferecer a mesma quantidade de atenção que você está disposta a investir”.

Eles também afirmam que é necessário manter distância, se necessário. Se causou muito desconforto psicológico que não parece diminuir, é primordial procurar um profissional para ajudar.

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