Em 2008 um crime bárbaro chocou todo o país, a menina Isabella Nardoni tinha 5 anos de idade quando seu corpo não resistiu aos ferimentos da queda do apartamento onde o pai, Alexandre Nardoni, e a madrasta, Anna Carolina Jatobá.
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A morte da menina estava envolta a uma série de mistérios que o casal Nardoni nunca explicou. Em uma das versões apresentadas, a menina teria cortado a rede de proteção de uma das janelas do apartamento e caído no gramado.
Mas a investigação policial e, posteriormente, a Justiça não concordaram com essa versão. O árduo trabalho da polícia na investigação foi liderado pela Dra. Rosângela Monteiro, que deu entrevista ao podcast “Vênus” e falou sobre o caso.
Perita criminal dá detalhes do caso Isabella Nardoni
“O caso Isabella Nardoni durou 2 anos. Do dia do crime até o julgamento eu fiquei respondendo questionários. O caso chegou a mim como crime patrimonial envolvendo bens, roubou, furto, sequestro e o caso entrou como roubo seguido de morte”, contou a perita.
Ela contou que quando a polícia chegou ao local a Isabella ainda estava viva. “Ela ficou 30 minutos no jardim com vida. Ela estava numa fase agônica, ela não estava viva com noção de tudo, mas tinha os sinais vitais”, contou a Rosângela.
A perita criminal contou que há décadas estava estudando novos métodos para identificação de manchas de sangue mesmo depois que fossem limpas. E ao chegar no apartamento dos Nardoni a primeira coisa que chamou a atenção foi uma mancha de sangue que mostrava um movimento.
O trabalho da perícia foi exaustivo que investigou “todas as áreas do condomínio, portas, entradas e saídas” para tentar identificar possíveis estranhos responsáveis pela morte da garota.
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Ela explicou ainda que a versão de Alexandre Nardoni indicaria que um homem de camiseta preta teria entrado no apartamento enquanto ele estava no carro com os outros dois filhos esperando que o som alto de um vizinho fosse desligado para não acordar as crianças. Quando voltou para casa não encontrou Isabella e ela já estava no jardim do prédio.
“Para o perito tanto faz a versão. Se foi o pai e a madrasta ou um ladrão, não tem diferença. Tanto faz quem cometeu o crime contando que eu consiga identificar uma dinâmica que explique o crime”, explicou Rosângela.
O casal Nardoni foi condenado em júri popular. Alexandre Nardoni foi condenado a 31 anos, 1 mês e 10 dias de prisão e cumpre pena no presídio de Tremembé. Anna Carolina Jatobá, a madrasta, foi condenada a 26 anos e 8 meses e, atualmente, cumpre a pena em regime aberto.
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