Saúde e Bem-estar

Professora é criticada ao sugerir que mulheres em morte cerebral sejam usadas para carregar bebês

A ideia não foi tão boa assim

Professora é criticada ao sugerir que mulheres em morte cerebral sejam usadas para carregar bebês
Professora é criticada ao sugerir que mulheres em morte cerebral sejam usadas para carregar bebês (Reprodução: Pexels)

A fertilidade ainda é algo muito discutido e que desafia muitas questões, com pessoas buscando soluções todos os dias para tentar melhorar a vida das pessoas que desejam engravidar. Acontece que algumas soluções podem passar dos limites, como foi o caso da professora Anna Smajdor que sugeriu que mulheres com morte cerebral poderiam usar seus corpos para abrigar gestações de aluguel, ajudando quem não seria capaz de carregar seu próprio bebê.

ANÚNCIO

Leia também:

Essas são algumas das coisas que podem atrapalhar o funcionamento da pílula anticoncepcional

Recomendados

Muitas pessoas começaram a levantar questões e preocupações sobre a situação hipotética ser implementada no mundo real, como por exemplo o caso das mulheres terem seu corpo usado sem consentimento, mas que não é o caso apresentado pela professora na revista Theoretical Medicine and Bioethics. Com tantas informações, vários tweets sobre o assunto começaram a surgir, contando sobre a ética em torno da barriga de aluguel e da doação de órgãos.

A professora traz a ideia de um serviço parecido com a doação de órgãos, onde a mulher precisa dar seu consentimento de que seu corpo pode ser usado para a gravidez antes mesmo disso acontecer. No artigo, ela argumenta: “Já sabemos que as gestações podem ser levadas a termo com sucesso em mulheres com morte cerebral” e sugere que “não há nenhuma razão médica óbvia para que não seja possível iniciar tais gestações”..

Continuando, a professora disse: “Como estamos felizes em aceitar que os doadores de órgãos estão mortos o suficiente para doar, não devemos fazer objeções ao WBGD com base nisso. estamos felizes em prolongar a sobrevivência somática de mulheres já grávidas com morte cerebral, para iniciar a gravidez entre doadores elegíveis com morte cerebral não deve nos incomodar indevidamente. Claro, esta proposta pode parecer chocante para algumas pessoas. No entanto, como mostrei, se aceitarmos que nossa abordagem atual para doação de órgãos e medicina reprodutiva é sólida, a doação WBGD parece seguir de forma relativamente tranquila os procedimentos que já estamos realizando separadamente.”

Muitas pessoas foram contra a professora. A atriz Nathalie Emmanuel comentou sobre a proposta, twittando: “Hoje, vi uma manchete no Reino Unido sobre se mulheres com ‘morte cerebral’ poderiam ter seus corpos usados para criar bebês em seus corpos como substitutos sem seu consentimento. Um segundo sobre prisioneiros nos Estados Unidos potencialmente capazes de reduzir sua sentença doando órgãos... Estamos perdidos. Isso é uma merda distópica... ficção científica... assustadora. Isso foi demais para um dia.”

A congressista colombiana Jennifer Pedraza descreveu o argumento como misógino, dizendo: “As mulheres não são utensílios para serem jogados fora após o uso, as mulheres têm direitos humanos, mesmo que algumas pessoas se esqueçam disso”.

· · ·

Siga e compartilhe

Você gostou deste conteúdo? Então siga a NOVA MULHER nas redes sociais para acompanhar mais novidades e ter acesso a publicações exclusivas: estamos no Twitter, no Instagram e no Facebook.

Aproveite e compartilhe os nossos textos. Seu apoio ajuda a manter este site 100% gratuito. Cada contribuição é muito valiosa para o trabalho da nossa equipe de redatores e jornalistas.

Tags

Últimas Notícias