Comportamento e Relacionamento

Você pode estar repetindo padrões familiares destrutivos (sem mesmo saber), e agora?

A psicologia explica que aprendemos os padrões familiares na infância e eles podem nos acompanhar na vida adulta, mas nem sempre são bons para nossa vida

padrões familiares destrutivos
Padrões familiares destrutivos

Como menciona Sarah Epstein, terapeuta família, em seu artigo publicado na revista Psychology Today, a porcelana da avó não é a única coisa que passa de geração por geração. Há muitas características individuais, que pensamos que são nossas, mas são passadas pelos nossos ancestrais. É o que a psicologia chama de padrões familiares.

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Alguns são maravilhosos e podem potencializar nossa vida pessoal, mas outros podem ser destrutivos e impactar de forma negativa. “Às vezes, as crianças herdam padrões de interação destrutivos, insalubres e tóxicos. Quando essas crianças se tornam adultas, elas ficam se perguntando: o que eu faço com isso? Como faço para seguir em frente?”, comenta a terapeuta.

Como identificar padrões familiares?

A verdade é que identificar os padrões familiares não é uma tarefa fácil e, por vezes, leva anos de terapia. É que você precisará passar por uma tarefa de conhecer profundamente a dinâmica a e história da sua família.

“Uma maneira de responder a um padrão familiar destrutivo é simplesmente continuar o comportamento aprendido na idade adulta. Uma criança pode se tornar um repetidor. A criança que cresceu em uma família que rotineiramente gritava uma com a outra se torna um adulto que continua usando raiva explosiva em relacionamentos íntimos. A criança que cresceu em uma família de supercompartilhadores continua a tradição de compartilhar os negócios dos outros”, comenta a terapeuta.

E como solucionar um padrão familiar destrutivo?

A psicologia explica que há pessoas que simplesmente rejeitam o padrão. “Os rejeitadores de padrões estão tentando. Eles vêem que o comportamento de sua família causa dor e tentam usar uma resposta ponderada e madura. Mas o rejeitador descobrirá que esse método simplesmente cria novos ciclos destrutivos”, sinaliza.

Por isso, segundo a especialista, o ideal é integrar o padrão e construir algo novo. “O terceiro caminho é a integração. A criança que cresceu em uma família com partidas de gritos sente-se com o que sentiu. Eles lamentam o lar de infância que carecia de paz e segurança emocional. Eles observam as mensagens aprendidas sobre como a raiva opera nos relacionamentos. Eles não deixam sua raiva passar despercebida, como o repetidor. Mas eles também não rejeitam sua raiva como inerentemente ruim, como o rejeitador. Em vez disso, o integrador aceita que a raiva faz parte do ser humano e pode ser expressa de maneira saudável”, ensina.

“A integração é de longe o caminho mais difícil. É um trabalho lento e cheio de nuances. Ele reconhece a destruição passada, honra seu impacto e traça um caminho diferente a seguir. Mas é também o mais libertador. Ele cria um verdadeiro movimento para frente enquanto quebra os ciclos geracionais”, finaliza.

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