Sexualidade

Sente dores na hora do sexo? Entenda o que é o vaginismo e como a condição afeta a vida sexual

O vaginismo é uma disfunção sexual que pode afetar entre 11,7% a 42% de mulheres

Sente dores na hora do sexo? Entenda o que é o vaginismo e como a condição afeta a vida sexual
Sente dores na hora do sexo? Entenda o que é o vaginismo e como a condição afeta a vida sexual (Foto: Reprodução/Getty Images)

Não é normal sentir dores durante a relação sexual, ainda assim, muitas mulheres sofrem com a a condição conhecida como vaginismo, uma disfunção sexual na mulher que ocasiona dor na penetração vaginal.

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O vaginismo pode influenciar na saúde física e mental resultando em dificuldades pessoais e interpessoais e até conjugais, levando a diminuição da qualidade de vida de milhares de mulheres. A taxa de incidência do transtorno da dor sexual feminina/vaginismo varia de 11,7% a 42% entre mulheres que apresentam disfunção sexual, segundo estudo publicado na Revista Brasileira de Sexualidade Humana.

Antes de entender um pouco mais sobre a condição, é importante alertar para que, caso você esteja sofrendo com dores na região, procure por ajuda médica especializada. Só assim será possível entender os sintomas, causas e o melhor tratamento para você.

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Causas

As causas do vaginismo podem ter diversas fontes, mas de acordo com especialistas, normalmente há uma junção de fatos que levam ao desenvolvimento da disfunção. As principais causas físicas e psicológicas que podem desencadear o desenvolvimento de vaginismo são:

• Primeira relação sexual insatisfatória, dolorosa e/ou forçada;

• Tentativas de penetração dolorosas ou violentas;

• Exame médico traumático;

• Lesões na vulva ou vagina;

• Anormalidades do hímen;

• Doenças sexualmente transmissíveis;

• Relações dolorosas depois de infecções vaginais mesmo após tratamento;

• Atrofia vaginal: principalmente após a menopausa;

• Vulvodinia / vestibulodinia: dor crônica na abertura da vagina;

• Doenças inflamatórias pélvicas;

• Pós parto doloroso;

• Líquen escleroso: doença que provoca manchas brancas na pele, geralmente na região genital;

• Abusos sexuais ou estupro;

• Educação sexual rígida;

• Fatores religiosos;

São observados muitos casos sem histórico, onde as causas do Vaginismo apresentam origem indeterminada.

Problemas com excitação, lubrificação e redução da libido, mesmo que recorrentes, não são considerados causadores, mas podem contribuir para relações dolorosas e quando associados a outros fatores, podem levar ao desenvolvimento do Vaginismo ou Dispareunia.

Tratamento

O tratamento do vaginismo deve ser feito com orientação do ginecologista, e varia de acordo com a causa.

1. Terapia cognitiva-comportamental

A terapia cognitiva-comportamental pode ser indicada pelo médico e deve ser feita por um psicólogo, sendo especialmente indicada quando o vaginismo foi causado por algum trauma ou estresse, pois ajuda a mulher a entender como seus pensamentos afetam as emoções e comportamentos, reduzindo a ansiedade, depressão ou o estresse pós traumático.

Além disso, a terapia cognitiva-comportamental ajuda a mulher a desenvolver ferramentas para melhorar a sua qualidade de vida. Saiba como é feita a terapia cognitivo comportamental.

2. Dilatadores vaginais

Os dilatadores vaginais são dispositivos na forma de tubo, que podem ser indicados pelo ginecologista, para ajudar a alongar os músculos vaginais, deixando-os mais flexíveis, aliviando o desconforto durante o contato íntimo.

Para inserir o dilatador vaginal, o ginecologista deve recomendar o uso de alguma pomada anestésica para reduzir o desconforto da sua inserção na vagina.

3. Exercícios de Kegel

Os exercícios de Kegel podem ser indicados pelo médico para o vaginismo pois ajudam a trabalhar a musculatura do assoalho pélvico e a região íntima, reduzindo as contrações involuntárias da dos músculos vaginais, de modo a permitir a penetração.

Inicialmente, a mulher deverá ser orientada a conhecer sua anatomia íntima e como realizar os exercícios de Kegel, podendo também ser orientado como usar o dilatador vaginal. Veja como fazer os exercícios de Kegel.

4. Fisioterapia

A fisioterapia pode ser indicada pelo médico e feita com orientação do fisioterapeuta com exercícios que ajudam a relaxar a musculatura do assoalho pélvico, de modo a reduzir os sintomas do vaginismo.

5. Uso de remédios

Os remédios para o vaginismo que podem ser receitados pelo ginecologista variam de acordo com a sua causa, podendo ser indicados métodos contraceptivos, no caso da mulher ter o vaginismo por medo de engravidar, anti-inflamatórios ou uso de anticoncepcionais orais para o tratamento da endometriose, ou ainda terapia de reposição hormonal durante a menopausa, por exemplo.

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