Saúde e Bem-estar

Saúde mental: se você é adepto desses hábitos alimentares, melhor parar

Assim como existem alimentos e hábitos que nos ajudam a manter a saúde mental em dia, alguns outros podem ser nocivos para nós

Saúde mental: se você é adepto desses hábitos alimentares, melhor parar

À essa altura você já deve estar cansado de saber que - realmente - somos o que comemos e que nosso corpo responde a mudanças de alimentação e hábitos de maneira significativa, afinal nosso organismo é totalmente interligado.

E para além da nossa saúde física, a máxima serve também para a nossa saúde mental. Assim como existem alimentos e hábitos que nos ajudam a manter a saúde mental em dia, alguns outros podem ser nocivos para nós e aumentar os sintomas de ansiedade e depressão.

No ano 2000, uma pesquisa publicada no European Journal of Human Genetics foi a primeira a colocar no papel uma conexão entre má alimentação e distúrbios relacionados à nossa saúde mental. Trazemos aqui os 4 principais apontamentos do pesquisador Anthony P. Monaco, presidente da Tufts University.

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1. Controle excessivo sobre o que se come e bebe

Existe um sistema para redução de peso muito conhecido baseado no controle sobre o que os integrantes ingerem, sejam alimentos ou líquidos. Há pesquisas que já indicaram como pessoas que seguem essa dieta obtêm melhores resultados. Porém, o cálculo de calorias, segundo até mesmo os desenvolvedores do método, é um sistema ultrapassado.

No estudo do Dr. Monaco, ele também correlacionou as pessoas que fazem esse controle excessivo sobre sua alimentação e problemas de saúde mental. Ainda que rastrear sua alimentação seja uma ferramenta considerada útil (em especial, nos momentos de estabelecimento de novos hábitos alimentares), se feito de maneira desmedida pode desencadear uma espécie de obsessão.

Nos piores níveis, essa obsessão tomaria tanto espaço na sua vida que, além de distúrbios psicológicos, pode desequilibrar sua dieta e levar você a se alimentar pior. Não por outro motivo, nutricionistas tendem a defender que uma dieta equilibrada, com ênfase em alimentos saudáveis, pode ser tão efetivo quanto contar calorias.

2. Consumir muito açúcar

A comparação do açúcar à drogas como a cocaína não é atoa. O consumo excessivo de açúcar é condenado por todo nutricionista - e demais especialistas da área da saúde. Um bom exemplo desse efeito nocivo foram os estudos que mostraram que uma dieta baseado em consumo elevado de açúcar resulta em indivíduos com maior tendência ao mau humor e à depressão, ainda que nosso cérebro prefira a glicose como fonte de combustível.

O açúcar é responsável pelo aumento de processos inflamatórios no nosso organismo, além de potencializar o risco de desenvolvimento de diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares, que também impactam a saúde neurológica, segundo pesquisa conduzida pela Frontiers of Psychiatry. No estudo, os cientistas defenderam a redução no consumo de bebidas açucaradas como refrigerantes.

3. Consumo excessivo de ultra processados

Outro vilão bem conhecido da saúde são os alimentos ricos em gordura satura, mas principalmente os ultra processados. Um artigo disponível na National Library of Medicine mostrou que o consumo elevado deste tipo de produto aumenta o risco de sintomas de depressão.

Ninguém nega que alimentos prontos e ultra processados carreguem uma imensa praticidade à rotina tão atribulada dos dias atuais. Porém, o estudo prega que é necessário estar atento à quantidade ingerida e que, no caso incontornável de necessitar recorrer a uma comida de menor qualidade, que tente escolher uma que não seja tão prejudicial.

Pode parecer estranho, mas é uma questão de redução de danos.

4. Não consumir produtos anti-inflamatórios

Determinados alimentos são fundamentais à saúde mental, mas não somente. Eles desempenham papel importante na regulação de processos pelos quais nosso organismo passa, incluindo a defesa natural do corpo à inflamação.

O consumo adequado de alguns produtos conhecidos como “anti-inflamatórios naturais”, como vegetais, frutas e peixes, auxilia na redução do risco de depressão. Inserir o consumo dele pode representar uma saúde mental melhor e economia em medicina tradicional. Curioso de quais alimentos são benéficos?

Azeite de oliva, abacaxi, maça, castanhas, legumes e até cebola e alho vão garantir uma saúde melhor. Também integram a lista recomendada por nutricionistas, chocolate amargo, arroz integral, uvas, cerejas, chá verde, chá preto, brócolis, peixes, soja, cogumelos, chucrute, feijão e abacate.

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Aviso

Este texto é de caráter meramente informativo e não tem a intenção de fornecer diagnósticos nem soluções para problemas médicos ou psicológicos. Em caso de dúvida, consulte um especialista antes de começar qualquer tipo de tratamento.

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