Saúde e Bem-estar

Médicos revelam 7 coisas que toda nova mamãe deveria saber

Dar à luz em qualquer idade pode ser um grande desafio e mudança na vida de uma mulher

Ser mãe de primeira viagem pode ser difícil, mas temos algumas dicas que podem te ajudar Mother and son having fun (NADALIN FOTOGRAFIA/Foto: Getty Images)

Cada mãe é única e a maternidade é uma experiência de aprendizado para todas as que embarcam nessa aventura. Logo de cara podemos desfazer o grande mito de que “a gravidez é um momento tão alegre da vida e que protege as pessoas contra doenças comuns, preocupações com a saúde mental”.

ANÚNCIO

Esta afirmação é claramente falsa, pois a gravidez é um período único na vida de qualquer pessoa e a experiência varia de uma mãe para outra. Não existe uma maneira certa de criar um filho, é uma curva de aprendizado, especialmente para as mães, onde com o tempo se aprende tanto sobre o filho, quanto sobre si mesma.

O desenvolvimento saudável de uma criança depende de seus pais, especialmente mães que servem como sua primeira fonte de apoio para se tornarem independentes e levarem uma vida saudável e bem-sucedida, portanto, é importante que as mães lembrem que não devem ser muito duras consigo mesmas e, às vezes, devem deixar as coisas acontecem se estiverem fora de controle, ao mesmo tempo em que priorizam o autocuidado e a saúde mental.

Recomendados

Dar à luz em qualquer idade é um grande desafio e mudança e, se você é uma nova mamãe, separamos 7 dicas de saúde de médicos que revelaram algumas coisas que toda nova mãe deve estar ciente.

· · ·

Se você está gostando deste texto, é provável que também se interesse por:Dia das Mães: 5 coisas que você deveria saber sobre a maternidade

· · ·

1. Saúde Mental

Em entrevista ao HT Lifestyle (em inglês), Prathima Reddy, Diretora e Consultora Líder do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital SPARSH para Mulheres e Crianças, compartilhou: “Uma das principais coisas que podem acontecer após o parto é que uma mulher pode passar por situações extremas, convulsões emocionais por causa de todas as mudanças ao seu redor. Cuidar de um bebê recém-nascido pode ser exigente. Precisa de atenção, requer alimentação constante, troca de fraldas e às vezes pode chorar sem motivo. Tudo isso pode afetar a saúde mental da mãe porque são coisas completamente novas para uma mãe e um pai de primeira viagem”.

Ela destaca ainda que, devido a tudo isso, a saúde mental de uma nova mãe pode ser afetada temporariamente ou por longos períodos de tempo, Prathima Reddy disse: “Se a mãe está se sentindo um pouco deprimida imediatamente após o parto, chamamos isso de “baby blues”. Isso é algo que geralmente acontece depois de dar à luz por causa das grandes mudanças hormonais e na maioria das vezes desaparece por conta própria, mas há outro quadro chamado depressão pós-parto que dura mais tempo. Pode continuar por alguns meses. Esta condição é mais grave e requer atenção de um psicólogo e um psiquiatra. A boa notícia é que existe tratamento e aconselhamento para isso e pode ser superado pela maioria dos pacientes.”

Ela acrescentou: “É importante que a mulher, a família e o parceiro reconheçam essa condição e sejam solidários e abertos para buscar ajuda. Embora a atitude em relação à saúde mental tenha mudado muito nos últimos anos, muitas famílias ainda consideram um tabu discutir o assunto ou procurar ajuda. Alguns dos sintomas, que podem ser tanto o “baby blues”, quanto a depressão pós-parto, incluem chorar sem motivo, sentir-se deprimido e incapacidade de se interessar pelo bebê. Se esses sintomas continuarem além de uma semana a dez dias, pode ser parte da depressão pós-parto. Houve alguns casos em que as mulheres se tornaram fisicamente violentas ou suicidas. Tudo isso precisa ser levado muito a sério”.

2. Lactação e amamentação

Vidya V Bhat, diretora médica do Radhakrishna Multispecialty Hospital, revelou: “Para uma mãe de primeira viagem, a amamentação pode ser uma experiência avassaladora, especialmente se ela enfrentar certos problemas, como falta de leite, vazamento, peso, problemas de travamento com o bebê, etc. Embora a amamentação seja um processo natural, nem sempre é fácil. Às vezes há um descompasso entre o que a mãe espera e o que acontece na realidade. Isso às vezes pode ser esmagador, estressante e ter um grande impacto emocional”.

Ela aconselhou: “Portanto, procure ajuda de um profissional que possa orientá-la no processo de amamentação e aconselhar sobre os vários aspectos deste momento. Procure ajuda do seu médico, consultor de lactação, pessoas da família ou enfermeiro que possam ajudar a superar alguns dos desafios.”

Para completar, Prathima Reddy disse: “Para a maioria das mães, a lactação e a amamentação continuam sem nenhum problema, mas para algumas mulheres pode haver alguns problemas que elas podem enfrentar como falta de leite adequado, mamilos rachados, seios doloridos e problemas de pega com o bebê. Tudo isso pode ser resolvido com a ajuda das enfermeiras/parteiras e de um consultor de lactação, se disponível na unidade de parto. Eles podem orientar a mulher em vários aspectos da amamentação, por exemplo, como fazer o bebê pegar melhor, a posição correta para amamentar e a higiene da mama. Em caso de falta de leite, existem medicamentos que podem ajudar a aumentar a produção de leite materno.”

Ela afirmou que as mulheres devem lembrar que não poder dar o peito não é algo para se envergonhar ou se sentir culpada. As mulheres que não conseguem amamentar não devem se sentir culpadas nem pela família, nem pelos médicos, nem pelas enfermeiras.

3. Check-up pré-natal e pós-natal regular

De acordo com o Dr. Vidya V Bhat, as visitas pré-natais em intervalos regulares são cruciais para proteger a saúde da mãe e do feto. Ela disse: “Após o parto, fazer um check-up pós-parto é vital para garantir que seu corpo esteja lidando com as mudanças e ajuda a esclarecer quaisquer dúvidas que você tenha sobre sua saúde e a de seu bebê. É sempre bom ter ajuda profissional ao invés de ouvir todo mundo.”

4. Sangramento pós-parto

A Dra. Prathima Reddy destacou: “Uma vez que a mãe deu à luz o bebê, haverá uma certa quantidade de sangramento que acontece no útero e isso pode durar de 6 a 8 semanas. Isso pode acontecer diariamente ou de forma intermitente durante esta fase. Isso é normal e não é motivo de preocupação. A única vez que você precisa procurar ajuda médica é se o sangramento for extremamente intenso ou se você estiver com febre. Com relação à retomada da menstruação, muitas mulheres não menstruam por quase seis a oito meses se estiverem amamentando exclusivamente.”

Ela acrescentou: “Isso é conhecido como amenorréia lactacional. Em algumas mulheres, os períodos podem retornar após cerca de dois meses. Ambos os cenários são bastante normais. As mulheres que tiveram períodos irregulares antes de engravidar, podem voltar a ter períodos irregulares novamente. Portanto, isso é algo com o qual você não deve se surpreender se tiver períodos irregulares após o parto. "

5. Dieta rica em proteínas e ferro

Enfatizando que a incorporação de alimentos ricos em ferro e proteínas é extremamente importante para as novas mães, tanto para sua própria saúde, como para a saúde do bebê. Uma dieta rica em nutrientes pode ajudá-la a acompanhar as demandas de um bebê recém-nascido.”

6. Contracepção

Alegando que a contracepção é muito importante no período pós-parto porque não é aconselhável engravidar sem um intervalo adequado, a Dra. Prathima Reddy recomenda um intervalo de pelo menos dois anos antes de iniciar outra gravidez para que seu corpo tenha tempo suficiente para lidar com as mudanças da gravidez e do parto e você ter tempo suficiente para cuidar e se relacionar com o bebê atual.

Ela explicou: “Quando uma mulher está amamentando exclusivamente, ela pode não menstruar por seis a nove meses, mas isso não significa que não se possa engravidar. Embora a amenorreia lactacional (quando não há menstruação) seja uma forma de controle de natalidade, ela não pode ser totalmente confiável. Durante o período pós-parto, vários métodos contraceptivos estão disponíveis para mulheres e homens. É melhor procurar o conselho do seu médico para métodos apropriados de controle de natalidade.”

7. Voltando à ‘vida normal’

Uma das principais preocupações que as mulheres têm após o parto é se elas poderão ou não voltar à sua “vida normal” no que diz respeito a exercícios, perda de peso, dieta, medicamentos seguros durante a amamentação e relações sexuais. Prathima Reddy disse: “As mulheres que tiveram um parto normal podem voltar a fazer exercícios leves de rotina logo após o parto, depois de discutir isso com seu médico. As mulheres que fizeram cesariana podem retomar as atividades normais rapidamente, mas devem seguir algumas restrições”.

Ela acrescentou: “Existem restrições em relação ao levantamento de peso e abdominais por um período de tempo especifico. Você pode começar com caminhadas e outros exercícios simples imediatamente após o parto. Seu médico irá orientá-la sobre isso. Andar, subir escadas, dobrar e pegar pequenos objetos, levantar o bebê pode ser feito. Durante a gravidez, as mulheres geralmente ganham cerca de 10 a 12 quilos ou às vezes até mais do que isso. Este seria o momento certo para perdê-lo. No que diz respeito à dieta, é importante seguir uma dieta saudável para permitir que você alimente seu bebê, mas também permita que você perca peso. No que diz respeito à relação sexual, depende do seu nível de conforto e se você está pronto para isso mental e fisicamente.”

· · ·

Aviso

Este texto é de caráter meramente informativo e não tem a intenção de fornecer diagnósticos nem soluções para problemas médicos ou psicológicos. Em caso de dúvida, consulte um especialista antes de começar qualquer tipo de tratamento.

· · ·

Siga e compartilhe

Você gostou deste conteúdo? Então siga a NOVA MULHER nas redes sociais para acompanhar mais novidades e ter acesso a publicações exclusivas: estamos no Twitter, no Instagram e no Facebook.

Aproveite e compartilhe os nossos textos. Seu apoio ajuda a manter este site 100% gratuito. Cada contribuição é muito valiosa para o trabalho da nossa equipe de redatores e jornalistas.

Tags

Últimas Notícias