O Brasil é o país líder em cirurgias íntimas para as mulheres, talvez por isso, um novo procedimento para a região vaginal venha ganhando destaque e provocando discussões entre especialistas. A correção de clitóris, é um procedimento que tem sido difundido como uma benefício ao prazer das mulheres. Nele é feito um descolamento da pele que recobre o clitóris, chamada de capuz, e, com isso, o órgão ficaria mais exposto e mais sensível aos estímulos sexuais.
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Algumas mulheres possuem o capuz mais colado ao clitóris e essa condição é chamada de fimose feminina. Mas Especialistas apontam que este tipo de procedimento, que deixa o clitóris mais exposto, deve ser feito apenas em casos específicos, como uma inflamação no local, por exemplo, e não aumentar o prazer feminino.
“Assumir que toda mulher que tenha um capuz no clitóris, recobrindo a glande com aderência, precisa se submeter a uma operação é um exagero sem nenhum respaldo científico”, afirma a médica Juliana Giordano, mestre e doutora em Saúde da Mulher pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), e cofundadora da Rede Feminista de Ginecologistas, em entrevista ao site Universa.
Segundo um um estudo publicado em 2019 pela Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos, onde 3.650 mulheres observadas por dois anos, apenas 46 foram diagnosticadas com fimose feminina (1,3%) e nove precisaram de cirurgia (0,25%).
Especialistas afirmam ainda, que não existem evidencias científicas de que o deslocamento o capuz tenha uma ligação direta com o aumento do prazer. Além disso, o aumento da sensibilidade na região seria uma “solução” de curto e médio prazo, pois com o tempo, uma nova camada de pele voltaria a se formar por causa do atrito e da exposição, o que reduziria a sensibilidade.
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