É muito comum falarmos do corpo alheio e às vezes não paramos para analisar como pode ser difícil para as crianças lidar com essas críticas e que, por causa da confusão, podem sentir que há algo errado com eles.
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Não é de surpreender que transtornos alimentares sejam o terceiro tipo de doença crônica entre jovens e adolescentes, resultado de padrões nocivos que se repetem de geração em geração, devido a falta de exemplos positivos sobre a imagem corporal.
É assim que os pequeninos aprendem a ter fobia de gordura, que existem alimentos “ruins” ou “bons”, que precisam fazer dieta, que tem que ter uma certa aparência para ser atraente e até chegam a ser cruéis com outros.
É hora de ensinar as crianças a aceitar e amar seu corpo
Por estes motivos, a batalha deve ser vencida com medidas preventivas que partem de casa, sendo conscientes na forma como nos referimos aos seus corpos, e até ao nosso, uma vez que imitam comportamentos.
É preciso também evitar que a publicidade, as redes sociais e a opinião de terceiros deformem a concepção que eles têm de si, que começa a se construir entre os 5 e os 9 anos, de acordo com estudos sobre o tema.
Assim, reforçar a autoestima de meninos e meninas torna-se mais importante do que nunca, utilizando frases positivas para reforçar seus atributos, até mesmo além dos físicos, para que possam entender que não devem ser valorizados exclusivamente pela sua imagem.
Além disso, fazendo-os ver que ninguém é perfeito, que não devem ter vergonha do seu próprio corpo e que devem cuidar da sua saúde com um estilo de vida adequado, mas não seguir protótipos de beleza.
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Eles podem se apoiar em modelos de imagem corporal saudável, promovendo a diversidade, sendo críticos da mídia e de outras pessoas que querem contribuir para gerar insatisfação corporal porque tudo começa em casa.
Um bom exemplo que pode inspirar crianças a se aceitarem como são, é o filme Pequena Miss Sunshine, de 2006, que conta a história de uma garotinha que tinha o sonho de participar de concursos de beleza infantis.
Na trama, a família apoia a pequena Oliver e embarcam em uma aventura para que ela possa concretizar o desejo, mesmo não sendo o “estereótipo padrão” de meninas que participam deste tipo de competição.
