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Descubra o que é microinfidelidade e se ela realmente conta como traição

A infidelidade existe desde que o conceito de casal foi criado. De fato, de acordo com uma pesquisa, um em cada cinco estadunidenses admite ser infiel — e muitos não o consideraram, o que nos leva a falar sobre “microinfidelidade”.

Especialistas em relacionamentos a definem como comportamentos que beiram os limites mutuamente acordados em um relacionamento que inclui fidelidade, desde se conectar a um app de paquera até forjar relacionamentos emocional e sexualmente platônicos.

 

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A microinfidelidade

Mas essa prática é considerada infidelidade como tal? O psicólogo Ty Tashiro acha que sim.

“Embora a micro infidelidade não envolva contato físico com alguém fora da relação comprometida, é importante evitar a tentação de enfatizar demais a parte ‘micro’ do termo e lembrar que ‘infidelidade’ é a palavra-chave.”

“Quando você trai a confiança, sempre há consequências emocionais para o bem-estar do casal e a integridade do relacionamento.”

 

A decepção

Robert Weiss, presidente da Seeking Integrity, uma comunidade on-line que aborda os desafios de saúde comportamental, diz que a diferença entre microinfidelidade e infidelidade é melhor definida pelo quanto eles podem afetar suas interações com seu parceiro.

“Diferentes comportamentos podem ser infidelidade para um casal: micro para alguns e nenhum problema para outros”, diz Weiss. “Enganar tem menos a ver com comportamento particular e mais sobre manter segredos e o impacto que eles têm quando são descobertos.”

“Por exemplo: alguns casais pensariam que flertar é bom; outros casais chamariam de microinfidelidade; e outros chamariam de infidelidade completas.”

 

Os motivos

Weiss explica que há várias razões pelas quais isso ocorre, mas, em sua opinião, ele explica que “são feitas por impulso, por alguma excitação ou estímulo adicional. É como pedir cheesecake para o jantar em vez de salada”, explica.

Também diz que é normal encontrar outras pessoas atraentes. “Estar em um relacionamento não significa que você nunca notou ninguém além de seu parceiro. Também não significa que você não pode curtir alguém flertando com você.”

“Esse tipo de comportamento também não reflete automaticamente a força do seu relacionamento ou o quão atraente você acha seu parceiro ou o quão boa é sua vida sexual.”

Então, já que em várias situações essa prática pode não ser maliciosa e até involuntária como um casal deve lidar com a micro infidelidade? Na opinião de Weiss, ele recomenda ser honesto.

“Essas pequenas amostras não são necessariamente um sinal de nada, exceto talvez que um casal precise se comunicar melhor. E uma melhor comunicação pode ocorrer com ou sem assistência terapêutica. A comunicação aberta, honesta e não reativa é a chave para a intimidade saudável”, explica.

“Quanto mais aberto e honesto um casal é, mais intimidade eles têm. Lembre-se: infidelidade não é comportamento específico, são mentiras e segredos que separam um casal. Se você pode eliminar mentiras e segredos, a relação fica muito mais forte”, conclui Weiss.

E caso seu parceiro não reconheça o que essa prática representa, você tem que se defender. Afinal, se você tem um parceiro que não é honesto e não respeita seus limites e sentimentos, seus problemas podem ser mais macro do que micro.

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