Em média, aos 50 anos é o período da vida de uma mulher em que a menstruação cessa, porque o ovário deixa de produzir alguns hormônios como estrogênio, andrógenos e progesterona. Essa mudança é conhecida como menopausa.
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Esta situação não é inesperada para a maioria das mulheres, pois há sinais que a anunciam. “De repente, o calor, o engasgo, o desânimo e o suor noturno são sintomas que ocorrem em 75% das mulheres nos primeiros dois anos, e é o principal motivo de consulta”, afirma o ginecologista da Clínica Indisa, Luis Cruzat.
“Suores noturnos, insônia, mudanças de humor, irritabilidade e depressão são outros sintomas que geralmente ocorrem nesta fase das mulheres”, acrescenta o especialista em menopausa. No entanto, 25% dos afetados permanecem sintomáticos após cinco anos.
Tem efeitos?
De fato, a menopausa tem efeitos sobre as mulheres. “Há medo de envelhecer. Mostra perda de autoestima, pode ocorrer instabilidade conjugal que, além dos sintomas vaginais, geram problemas sexuais e de relacionamento. Há também dificuldade com concentração, cansaço, ansiedade, dores de cabeça, diminuição da libido e convivência de doenças crônicas”, explica o ginecologista Luis Cruzat.
Além disso, como nesse período o corpo produz menos hormônios, apresenta um déficit que pode levar a manifestações de doenças, particularmente cardiovasculares, ósseas (osteoporose) e declínio cognitivo (Alzheimer), entre outras.
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Como lidar com a menopausa?
Para tratar a menopausa, a terapia de reposição hormonal (TRH), que consiste em suplementação hormonal, oral ou transdermicamente (patches, gel ou ovos vaginais), está agora disponível. “A seleção entre um método e outro depende das diferenças do paciente e seu histórico clínico, e deve ser prescrita por um especialista”, diz.
Com o HRT iniciado precocemente, os riscos são mínimos em relação aos benefícios, desde que os estrogênios sejam combinados com progestina adequada e uma avaliação caso a caso seja realizada. As verificações periódicas também devem ser concluídas uma vez por ano.
Questionado sobre os riscos desse tratamento, o Dr. Cruzat esclarece que “um dos grandes mitos é que esse tratamento aumenta o risco de câncer de mama, embora isso não tenha sido totalmente comprovado. O risco de ter esse câncer é praticamente o mesmo que você pode ter antes do tratamento, e enquanto o envelhecimento não é interrompido, sua qualidade de vida pré-climática é restaurada”.
No entanto, o manejo global da menopausa requer não apenas hormônios, mas complementá-lo com um estilo de vida saudável, que combina dieta adequada, atividades esportivas e recreativas, o que também ajuda a prevenir doenças e/ou possíveis complicações.
Fonte: Nueva Mujer