No Festival de Toronto, foi a estreia de um dos filmes mais aguardados com o diretor Edward Berger acompanhado por Isabella Rossellini. Quem pode roubar a cena de Cobert é Edward Berger com seu brilhante filme ‘Conclave’. Provavelmente um dos melhores filmes de 2024. Com uma interpretação brilhante de Ralph Fiennes, ‘Conclave’ narra a brutal luta dos cardeais pelo poder dentro dos muros do Vaticano.
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Esta história é lançada quase ao mesmo tempo que as eleições nos Estados Unidos, e onde fica claro que o diretor busca estabelecer um paralelo entre a realidade política e a ficção católica. Em 'Cónclave', ninguém é mais perigoso do que qualquer cardeal em busca do papado. Berger utiliza uma eleição papal dos anos 90 para mostrar a luta e a intriga política. Comprem pipocas e desfrutem deste grande filme na tela grande.
No Festival de Toronto, já pudemos ver: ‘NightBitch’, o exercício surrealista sobre a maternidade onde Amy Adams mostra seu talento. Assistimos ‘The Wild Robot’, um filme animado espetacular que representa Dreamworks em sua plenitude. Também consegui assistir ‘The Brutalist’ após uma hora de espera e por sorte, uma maravilha cinematográfica. O que Coppola não consegue com ‘Megalópolis’, este novo cineasta conseguiu e se revela como a revelação do ano. Entre as outras joias que descobrimos no TIFF 24, destaca-se ‘The Substance’, que apesar de termos visto em Cannes, quisemos assistir novamente pela possibilidade de entrevistar sua diretora e protagonista, Demi Moore.
Começamos com 'Nightbitch', onde a atriz Amy Adams trabalha sob a direção da cineasta Marielle Heller para contar uma história surpreendente sobre a maternidade. Heller entra no mundo da arte conceitual para mostrar o lado animal dos seres humanos de uma forma com a qual todos podemos nos identificar. Recebido com grande aclamação, Adams já está entre as candidatas às indicações ao Oscar, o que seria sua sétima indicação. "Não é algo em que estou pensando quando escolho um projeto. O que me interessa é descobrir filmes que se conectem com o público. Este filme é diferente e gostaria de ouvir qual é a resposta de cada pessoa que vai vê-lo", disse a atriz durante a apresentação em Toronto.
"O que me interessa é descobrir filmes que conectem com o público. Este filme é diferente e gostaria de ouvir qual é a resposta de cada pessoa que vai vê-lo."
— Amy Adams, na apresentação de 'NightBitch' no Festival de Toronto
O filme menos festivo, mas que teve o maior sucesso no Festival de Toronto é 'The Wild Robot'. A história de um robô que aterrissa acidentalmente em uma ilha e acaba cuidando de um ganso também por acidente. Cada sequência desta história é vibrante, emocionante, como uma pintura cheia de vida. Ao lado de 'Wall-E' e 'The Iron Giant', este filme entra no panteão dos robôs com uma animação espetacular que convida os seres humanos a serem melhores do que somos. Chris Sanders, um dos grandes contadores de histórias de animação do momento, une seu talento à composição musical de Kris Bowers para fazer com que nossos corações escapem do peito. Como disse Mark Hamill na apresentação do filme, onde empresta sua voz na versão original, 'The Wild Robot' captura perfeitamente o livro de Peter Brown. Sem dúvida, um filme destinado a se tornar um clássico.
Com uma duração de três horas e meia, 'The Brutalist' foi apresentado no Festival de Toronto com intervalo incluso. O filme de Brady Corbet, que ganhou o prêmio de melhor diretor no Festival de Veneza, está na liderança dos cineastas para arrasar no Oscar deste ano. Com um enredo centrado na arquitetura, os fundamentos narrativos são consolidados por uma tremenda interpretação de Adrian Brody. Uma narrativa épica onde o protagonista deixa sua vida na Europa para criar uma nova fase, porém ele voltará a encontrar a corrupção do poder enquanto tenta construir seu sonho americano.
Num almoço sem câmeras, encontramo-nos com Demi Moore em Toronto para almoçar. A atriz apareceu com seu cachorrinho Pilaf escondido em sua blusa e desfrutando da recepção que sua interpretação em 'The Substance' está tendo em Toronto. Com gritos e aplausos, o filme revolucionou o festival canadense da mesma forma que fez em Cannes. Vestindo uma calça jeans listrada, uma jaqueta azul e grandes óculos escuros, a atriz, de 61 anos, está gerando rumores sobre prêmios por seu personagem ousado contra a obsessão pela beleza.
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Durante a agradável conversa que tivemos com ela, a atriz nos contou que a Sony estaria pensando em filmar a segunda parte de 'St. Elmo's Fire' ('O Primeiro Ano do Resto de Nossas Vidas' na América Latina) e fazer uma sequência do icônico filme de 1985. "Estamos definitivamente discutindo a possibilidade de filmar uma segunda parte", compartilhou. Isso significaria o retorno do chamado 'Rat Pack' que causou tanto alvoroço nos anos 80. "O estúdio está impulsionando a possibilidade de fazer o filme e toda a equipe está a bordo. Acho que seria fantástico", disse Moore.
O filme original explora as vidas de um grupo de recém-graduados universitários enquanto navegam pelos difíceis anos da adolescência até a idade adulta. O filme marcou a estreia internacional não apenas de Demi Moore, mas também do resto do elenco: Emilio Estevez, Rob Lowe, Ally Sheedy, Mare Winningham, Judd Nelson e Andrew McCarthy, cujo recente documentário ‘Brats’ revisita a agitação que cercou esse grupo de atores, apelidado de ‘The Brat Pack’. Moore admitiu que ainda não há um roteiro para a sequência, mas o estúdio está “procurando o parceiro certo para escrevê-lo”.