Em 20 de julho de 1969, o mundo parou quando o astronauta Neil Armstrong deu seu “pequeno passo para o homem, mas um salto gigante para a humanidade”. A missão Apollo 11, liderada pela NASA, marcou um marco monumental na exploração espacial e solidificou a liderança dos Estados Unidos na corrida espacial. No entanto, entre o ceticismo e teorias da conspiração, um setor persistente da população ainda sustenta que o pouso na lua foi uma farsa sem precedentes.
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É sob este contexto que se desenvolve ‘Como Vender a Lua’, o novo filme dirigido por Greg Berlanti (’Com Amor, Simon’) e estrelado por Scarlett Johansson e Channing Tatum, que mistura um pouco de fatos históricos com comédia e romance.
Scarlett interpreta a Kelly Jones, uma vigarista, executiva de publicidade inteligente e cínica, cuja vida dá uma reviravolta de 180° quando é contratada por Moe Berkus (Woody Harrelson), um agente governamental obscuro, para melhorar a imagem pública da NASA, persuadir as pessoas de que ir à lua é uma boa ideia e, assim, obter o financiamento necessário para isso.
A tensão se intensifica logo antes de iniciar sua missão, pois por caprichos do destino ela conhece Cole Davis (Channing Tatum), um veterano de guerra que acaba sendo o diretor do próximo lançamento do Apollo 11, o qual dependerá da habilidade de Kelly para "vender a Lua".
Antes de saber a identidade um do outro, ambos têm uma atração instantânea que entra em conflito quando seus ideais se chocam. Enquanto Cole é impulsionado por sua honra e atormentado por um incidente que manchou a reputação da NASA em 1967, Kelly usa métodos antiéticos para alcançar seus objetivos, especialmente quando parte de sua missão é organizar um falso pouso na Lua como backup no caso da missão Apollo 11 falhar.
Ambos, com todas as suas motivações e métodos tão opostos, são obrigados a colaborar, dando origem a uma comédia romântica cheia de situações engraçadas, tensão, confusões e lições de história.
A fita estava originalmente programada para ser lançada em streaming, no entanto, após o sucesso de ‘Anyone But You’ nas telonas, não é surpreendente que a Columbia Pictures, através da Sony Pictures, tenha decidido apostar alto nela.
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Embora seja ambientada em 1969, a essência e os temas do filme ressoam com a atualidade através de uma narrativa intrigante e personagens complexos, fornecendo uma visão crítica e satírica da sociedade contemporânea. No entanto, em alguns momentos, pode parecer um pouco extenso e difícil de lidar devido ao grande número de personagens e subtramas que poderiam ter sido omitidos sem afetar a história.
Claro, Scarlett Johansson, para além de ser a representação do poder feminino, é o coração do filme e quem traz todo o carisma e graça de uma estrela de cinema clássica com sua atuação. Por outro lado, Channing Tatum oferece uma interpretação eficaz e divertida, além de ser inevitável suspirar por ele sempre que aparece na tela.
O verdadeiro triunfo do filme reside em seu espetacular design visual, capturando com grande precisão o ambiente do final dos anos 60, com figurinos retrô e cenografia. A colaboração direta da NASA com a produção foi, sem dúvida, um ponto-chave, especialmente no design da sala de controle de lançamento e nos detalhes realistas do próprio Apolo 11.
Nosso veredicto final
‘Como Vender a Lua’ é um filme encantador que, sob o contexto de um grande marco para a humanidade, consegue arrancar sorrisos graças às interpretações estelares de Scarlett Johansson e Channing Tatum. Produzido pela própria Johansson e apoiado por um talentoso elenco de apoio, além da NASA, o filme oferece uma experiência agradável que com certeza trará um alívio ao seu coração, especialmente se você sentir saudades das comédias românticas clássicas que irradiam boas vibrações sem esperar algo muito profundo.