Charles III não foi exatamente a criança que recebeu mais amor de seus pais; pelo contrário, o Príncipe Philip de Edimburgo o considerava decepcionante e pouco masculino, e sua mãe, a Rainha Isabel II, profundamente irritante.
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No entanto, houve uma mulher que lhe ofereceu afeto materno, Mabel Anderson, que também o apoiou em seu amor por Camila Parker Bowles, mesmo enquanto ele estava casado com Diana de Gales.
Apesar de todo o seu esforço para agradar e ser aceito por seus pais, o atual Rei Charles III perdeu essa batalha, como confessou um dos conselheiros que o viu crescer, a jornalista britânica Tina Brown. “Charles estava muito necessitado, era muito vulnerável, muito emocional, muito complicado, muito egocêntrico... O tipo de pessoa que ela não conseguia suportar.”
De acordo com a revista Mujer Hoy, o único vínculo satisfatório que teve durante a primeira etapa de sua vida com uma mulher foi o que manteve com sua babá Mabel Anderson.
A discrição e lealdade de Mabel Anderson até o final
Foram seis décadas em que Anderson serviu leal e discretamente aos Windsor, atuando como babá dos príncipes e, posteriormente, como parte do pessoal do Palácio de Buckingham.
A sua confiança com Isabel II era tão grande que a própria monarca a convidou em 2010 para se juntar às férias de verão privadas da família real e muitas vezes ia ao palácio para ver televisão com a rainha.
Os especialistas reais destacam que a ama dedicava-se completamente ao príncipe Charles, tornando-se uma mãe substituta quando ele era apenas um bebê.
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Filha de um policial escocês falecido em um bombardeio durante a Segunda Guerra Mundial, ela foi originalmente contratada como enfermeira para ajudar uma grávida Isabel II e acabou se tornando a principal cuidadora do sensível herdeiro da coroa.
Anderson começou a trabalhar para os Windsor aos 22 anos e solteira, o protocolo do Palácio de Buckingham exigia que todos a chamassem de senhora. Uma regra que era seguida até pelos jornalistas e pelo resto das pessoas fora dos muros do palácio, exceto Carlos, o príncipe de Gales, que sempre a chamava de Mipsy.
Carlos escrevia cartas enquanto estava internado.
Nos piores momentos da vida do príncipe Charles, Mipsy sempre esteve ao seu lado, mesmo quando ele foi enviado para o internato escocês que foi um grande trauma em sua infância. O menino escrevia longas cartas para sua babá todos os dias, dizendo o quanto sentia sua falta.
Quando Mipsy se aposentou, Charles continuou cuidando dela, até conseguiu uma ‘casa de graça’ para ela, em uma ala da Frogmore House, e enviou seu decorador pessoal para arrumar a casa de sua querida babá.
Mas, em tudo, Mabel Anderson apoiou Charles, mesmo quando a Rainha Isabel II não entendia as decisões de seu filho.
Mabel parecida a Camilla?
No livro intitulado ‘Palace Papers’, a jornalista Tina Brown destaca que Mabel Anderson e a jovem Camilla tinham muito em comum, tanto na aparência física quanto na atitude.
Algumas crônicas da época a descrevem como uma jovem inteligente e divertida e a única aristocrata do momento que não parecia ter chupado uma urtiga antes de sair de casa.
Camilla melhorou com os anos, especialmente aos olhos de Charles, que nunca esqueceu o breve caso que tiveram nos anos 70 antes de ela se casar.
O príncipe, sempre necessitado de uma mulher forte e maternal que lhe servisse de apoio, encontrou em Camilla, desiludida com seu casamento e mãe de dois filhos, uma amante leal e carinhosa.
A babá aprovou Camilla Parker
Quando o relacionamento de Charles e Diana definitivamente desmoronou, o príncipe se refugiou em seu antigo amor e ela o acolheu sem reservas, assim como sua babá de toda a vida teria feito por ele.
Assim, quando Charles e Camilla puderam se divorciar e manter um relacionamento pseudo-oficial, o herdeiro da coroa não buscou mais a aprovação de sua mãe, a rainha. Em vez disso, convidou sua ex-babá, Mabel Anderson, para um cruzeiro pelo Mar Egeu para que ela se aproximasse de Camilla. E, como sempre, Mabel apoiou sua decisão.
