A complexidade da sexualidade feminina é um tema que o cinema costuma retratar sem profundidade e, muitas vezes, padronizando o prazer pelo olhar masculino.
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Se por um lado parte das mulheres não se incomoda com isso, por outro há mulheres agindo para mostrar que há muito mais detalhes que os filmes tradicionalmente deixam de retratar.
Nessa lista selecionamos filmes dirigidos por mulheres que se afastam do olhar masculino sobre a sexualidade feminina e trazem as nuances que vivemos.
Venus: Vamos Falar Sobre Sexo (2016)
Duas diretoras estão em busca de mulheres para participar de um filme erótico baseado em suas próprias experiências sexuais. Cem mulheres aparecem para a pesquisa de elenco, mas a audição toma um rumo inesperado.
Aos poucos, as personagens passam a controlar as entrevistas com suas histórias pessoais e a honestidade delas revela potencial para criar uma linguagem para a sexualidade feminina.
Parched (2015)
A cineasta Leena Yadav nos mergulha no interior da Índia para retratar quatro mulheres que, apesar das diferenças, compartilham proibições impostas pelo patriarcado. Yadav as retrata como corajosas e valentes mesmo contra a força física dos homens e da censura moral.
“O Diário de Uma Adolescente” (2015)
O primeiro filme dirigido por Marielle Heller recebeu ótimas críticas e foi reconhecido nos festivais internacionais de cinema. O filme consegue superar as barreiras de gênero juvenis e alcançar um retrato fiel e corajoso do despertar da vida sexual feminina.
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“O Diário de Uma Virgem” (2013)
Primeiro filme de Maggie Carey, é recheado de comédia e inteligência para falar da primeira experiência sexual de uma garota. Um filme maravilhoso e com ótimo senso de humor.
“It Felt Like Love – À Procura do Amor” (2013)
A cineasta Eliza Hittman trouxe ao filme a história de uma menina de 14 anos que vive o despertar da sexualidade. Com pouco apelo comercial, mas muito aplaudido pela crítica, o filme joga com os limites do amor, do sexo e da obsessão.
“Histeria” (2011)
Sim, o filme poderia ser muito mais subversivo e combativo do que realmente é. A cineasta Tanya Wexler, usa da comédia e do romance para retratar e criticar a sociedade puritana que viu o surgimento do primeiro vibrador. O filme carrega uma mensagem reveladora da sexualidade feminina.
“Turn Me On, Goddammit” (2011)
O primeiro e único filme da norueguesa Jannicke Systad Jocobsen retrata os desejos e impulsos sexuais de uma adolescente na puberdade. Mas o faz sem julgamentos nem moralismo, apenas um olhar trágico e cômico da situação da jovem.