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Mudanças na Globo fizeram com que várias novelas fossem para o “lixo”; vem saber quais são

Antes da pandemia, a emissora tinha uma programação de exibição de novelas que acabou não se concretizando

Pantanal
Pantanal Gentileza CHV

Você alguma vez já se perguntou como são definidos os títulos de novela que vão ao ar na programação da Globo? De acordo com o site TV História, a emissora possuía um plano de programação para os seus folhetins, mas a pandemia acabou mudando o cenário.

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Segundo o site, Silvio de Abreu, que foi diretor de teledramaturgia da Globo entre 2014 e 2020, procurou organizar uma fila de autores e produções nos três principais horários de novelas da emissora. O plano era de aproximadamente três anos.

No entanto, a pandemia e a troca de comando da direção do canal alterou os planos. Em dezembro de 2019, o portal Notícias da TV informava que o veterano Alcides Nogueira havia acabado de entregar à Globo o projeto de uma nova novela das seis, baseado no livro “A Intrusa”, de Julia Lopes de Almeida.

De acordo com a publicação, o novo folhetim tinha boas chances de ser aprovado, mas estrearia apenas três anos depois. Isso porque a fila da faixa das seis já estava comprometida até 2022 com os projetos anteriormente aprovados por Silvio.

A organização de títulos foi mantida mesmo com a saída de Silvio de Abreu da emissora e sua substituição por José Luiz Villamarim. No entanto, com a pandemia e a mudança de direção, outros projetos já confirmados acabaram ficando pelo caminho.

Novelas na fila

Antes da pandemia, a previsão era que Bruno Luperi fizesse sua estreia na faixa das seis com “O Arroz de Palma”, um antigo projeto do neto de Benedito Ruy Barbosa que deveria substituir “Além da Ilusão”. Mas a trama acabou sendo adiada indefinidamente, já que “Nos Tempos do Imperador” e a novela de Alessandra Poggi estrearam muito tempo depois do previsto, por conta do auge da pandemia da Covid-19.

A escalação de Luperi para reescrever Pantanal (2022) também afetou a produção. Após “O Arroz de Palma”, a trama seguinte seria “O Selvagem da Ópera”, de Maria Adelaide Amaral, sobre a vida do compositor Carlos Gomes. Mas, a pedido do próprio Silvio de Abreu, Maria Adelaide topou transformar a produção numa novela das seis.

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Na sequência, outro grande autor entraria no horário. Trata-se de Gilberto Braga, que, em parceria com Denise Bandeira, assinaria “Feira das Vaidades”, baseada no livro Vanity Fair, de William Makepeace Thackeray.

O folhetim, que seria estrelado por Malu Mader, foi um dos vários projetos que Braga tentou emplacar na Globo antes de sua morte, no final de 2021. Assim, o novo projeto de Alcides Nogueira, se aprovado, só estrearia após a trama de Gilberto Braga, em 2022.

Demissões

A fila da faixa das seis foi bastante afetada com a pandemia e a mudança na direção da Globo. Todas as tramas previstas foram indefinidamente adiadas, em razão do fechamento dos estúdios do canal.

Enquanto isso, a faixa foi ocupada pelas reprises de “Novo Mundo” (2017), “Flor do Caribe” (2013) e “A Vida da Gente” (2011). Neste meio-tempo, várias outras mudanças aconteceram. Silvio de Abreu deixou a Globo e, em seu lugar, assumiu José Luiz Villamarim.

Além disso, a emissora iniciou os planos de priorizar acordos por obra e enxugar sua folha de pagamento, o que culminou com a dispensa de vários dos autores de novelas. Assim, Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira foram dois dos autores dispensados, o que levou ao engavetamento de seus respectivos projetos. J

á Gilberto Braga conviveu com a dúvida quanto ao futuro de “Feira das Vaidades” e faleceu em outubro de 2021, sem conseguir emplacar sua trama. O autor sonhava em assinar um sucesso para esquecer “Babilônia” (2015) de vez.

Depois disso, “Mar do Sertão”, de Mário Teixeira, “furou a fila”, já sob a nova gestão de teledramaturgia da emissora. Na sequência, estão previstos novos projetos da nova diretoria: “Amor Perfeito” e o remake de “Elas por Elas”.

Mudanças de horários

O Notícias da TV também adiantou quais os projetos engatilhados para os demais horários da Globo. Na época, a previsão era que “Salve-se Quem Puder” fosse substituída por “Cara e Coragem” (então chamada de Amor em Ação), de Claudia Souto, e “Quanto Mais Vida, Melhor” (com o nome A Morte Pode Esperar), de Mauro Wilson.

Os projetos foram mantidos, mas invertidos. Já na faixa das nove, “Um Lugar ao Sol” (então chamada de Em Seu Lugar) estava garantida como a substituta de “Amor de Mãe”. A obra de Lícia Manzo seria substituída por uma nova novela de João Emanuel Carneiro e, depois, entraria Maria Helena Nascimento com uma trama chamada de “Roda da Fortuna”.

Essa fila mudou bastante: o remake de “Pantanal” passou na frente, assim como a novela de Gloria Perez, “Travessia”, e a próxima, de Walcyr Carrasco. Já a trama de João Emanuel Carneiro, “Todas as Flores”, migrou para o Globoplay.

Enquanto isso, Maria Helena Nascimento e Ricardo Linhares seguem trabalhando num projeto, chamado “O Grande Golpe”, mas sem qualquer previsão de estreia.

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