Se você está por dentro do universo dos podcasts (e talvez até mesmo se não estiver), muito provavelmente acompanhou a narrativa de a Mulher da Casa Abandonada, uma investigação desenvolvida e apresentada pelo jornalista Chico Felitti em 2022.
ANÚNCIO
Felitti voltou em 2023 para desvendar mais um possível crime na região central de São Paulo. O descritivo do próprio podcast diz:
“O Ateliê é um podcast documental que acompanha a denúncia de ex-alunos do Atelier do Centro, uma escola de artes que existe há 20 anos no centro de São Paulo. Essas alunas afirmam que o Ateliê é, na verdade, uma seita, em que passaram anos sofrendo abusos físicos, psicológicos e financeiros por um professor que eram obrigadas a chamar de “mestre”.
Outras dezenas de pessoas ouvidas por Chico Felitti e Beatriz Trevisan confirmam os relatos.
O documentário mostra, em dez episódios, o que há por trás de uma denúncia. Uma história de força, de dor, de solidariedade e de busca por justiça.
Rubens Espírito Santo, fundador do Ateliê, refuta que tenha cometido crimes. Não nega as descrições de violência, mas afirma que tudo o que se passou dentro da escola foi consentido e entre adultos.
O documentário já está em seu quinto episódio e, nas redes sociais, muita gente questiona o motivo de pessoas vindas de famílias ricas e com bom nível educacional se deixarem levar pelas ações de Rubens Espírito Santo.
ANÚNCIO
Para você entender um pouco do que acontecia por ali, leia o relato da ex-aluna e principal denunciante, a artista Mirela Cabral:
“Eu lembro exatamente do primeiro ato violento físico, né? Antes já começou nas palavras, psicológico. Ele puxou meu cabelo de um jeito que eu quase caí da cadeira, todo mundo olhou como se fosse normal. Ao mesmo tempo que eu tava chorando eu me perguntei: ‘bom, isso é parte desse rolê? Será que eu preciso passar por isso?’[...] eu meio que absorvi isso, eu queria fazer parte de algo”.
Em carta aberta no Instagram, Rubens se defende das acusações e menciona em um trecho:
“A ex-aluna Mirela Cabral, que deu origem às acusações, por exemplo, começou a frequentar a escola aos 24 anos. Já era formada em cinema, trabalhava na produção de comerciais, era uma mulher plenamente consciente e livre para fazer escolhas. Ela permaneceu conosco durante três anos”
Quer tirar suas próprias conclusões sobre o caso? Saiba mais: