Dona de uma voz potente e única, Elis Regina Carvalho Costa, nasceu em Porto Alegre, RS, no dia 17 de março de 1944. Suas performances eram tão fortes que a cantora era frequentemente comparada à outras artistas como Ella Fitzgerald, Billie Holiday e Nina Simone. Elis se interessava por música desde muito pequena, tanto que, com apenas sete anos, sua mãe a levou à Radio Farroupilha, importante rádio do Rio Grande do Sul, para se apresentar em um programa para cantores mirins, e iniciou sua carreira profissional aos 13 anos de idade.
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Elis foi a primeira grande artista a surgir dos festivais de música na década de 1960. Ela se destacava por de se diferenciar da estética da Bossa Nova, muito presente na época, e pelo uso de sua extensão vocal e de sua dramaticidade. Depois de quatro LP’s gravados e sem grande sucesso, Elis teve a sua grande revelação no festival da TV Excelsior em 1965, quando cantou “Arrastão” de Vinícius de Moraes e Edu Lobo.
A partir daí sua carreira decolou, conquistou o título de primeira estrela da canção popular brasileira, quando passou a comandar, ao lado de Jair Rodrigues, um dois mais importantes programas de música popular brasileira, O Fino da Bossa. Entre suas canções de maior sucesso estão Como Nossos Pais, O Bêbado e a Equilibrista e Alô Alô Marciano, entre outras.
A vida de Elis foi marcada ainda por algumas polêmicas, envolvendo seu posicionamento contra a ditadura militar corrente na época, o abuso de álcool e drogas, e seus relacionamento. Em 1967, casou-se com Ronaldo Bôscoli, então diretor d’O Fino da Bossa, e com quem teve o primeiro filho, João Marcello Bôscoli. Depois de um processo complexo de divórcio, já em de 1972, Elis inicia um relacionamento com César Camargo Mariano, que duraria até 1981, em uma das mais bem sucedidas parcerias da Música Popular Brasileira e com quem teve mais dois filhos, Pedro Camargo Mariano e a cantora Maria Rita.
Elis morreu na manhã de 19 de janeiro de 1982, aos 36 anos. De acordo com seu atestado de óbito, a morte da cantora foi em decorrência “de intoxicação exógena, causada por agente químico - cocaína mais álcool etílico”, laudo, no entanto, questionado até hoje por familiares e amigos próximos.
Sua vida e obra já foram tema de filme e série produzidos pela Globo e que hoje estão disponível na plataforma de streaming da emissora, o Globoplay. Elis era uma cantora à frente do seu tempo e se tornou um símbolo de ousadia e feminismo para as gerações futuras.
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